quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Sempre os mais iguais

É um escândalo o aumento do número de vereadores, na obscuridade das coxias, no apagar das luzes, antes do recesso parlamentar. Eu não conheço uma pessoa sequer, que apóie esta medida, é um desafio do legislativo ao judiciário, que apenas tomou a decisão de fazer cumprir a lei vigente. Como enfrentar isso? Criar uma nova lei, para viabilizar a recriação dos currais eleitorais, extintos na decisão da justiça eleitoral. Afinal os currais eleitorais existem a nível municipal e são geridos diretamente pelos vereadores, praticamente o único cargo político ao qual o cidadão comum tem acesso pessoal.
Não é possível, que as pessoas comuns continuem a confirmar o conceito, entre os políticos, de que somos um bando de idiotas inermes e indiferentes, aos atos dos políticos inescrupulosos, que estes sim compõem a maioria, desta classe maldita, porém indispensável à nossa incipiente democracia.
No mundo todo os problemas, com a classe política, são uma constante porém nos paises mais civilizados e politizados, o preço da exposição à execração pública, é fatal na maioria dos casos, ao contrário daqui onde alguns chegaram a dizer que "roubam mas fazem"........
Os Malufs, os Severinos da vida continuam a serem eleitos e reeleitos, por uma massa de eleitores omissos e inconscientes da estupidez, que é votar "pra cumprir tabela", justificar a ausência porque preferiram a praia, ou qualquer outra razão estúpida e inconseqüente. Daí os políticos ignorarem, os tímidos protestos de alguns poucos inconformados, que de qualquer maneira, pouco influem na possibilidade e no resultado de suas campanhas políticas.
Ninguém tem grandes ilusões, quanto à eficiência e à honestidade de grande parte, dos componentes de nosso judiciário, mas de quando em quando, presenciamos decisões corretas e surpreendentes.Aos políticos resta o recurso de criar, retificar e adequar as leis a seu favor, que em última instância vão servir aos seus interesses, nunca aos nossos, afinal sua avaliação do nível de seu eleitorado, é sempre confirmada a cada nova eleição, a cada novo escândalo, sem que os protestos sejam significativos, ou preocupantes para suas ambições políticas e financeiras.
NA DEMOCRACIA, NADA É MAIS IMPORTANTE QUE O EXERCÍCIO DO VOTO. MAS O VOTO DEVE SER CONSCIENTE, RESPONSÁVEL, SEJA ELE CERTO OU ERRADO.

Discriminação

Está perto a votação da lei das cotas raciais, para ingresso nas universidades. Com a adição do critério de cotas para os estudantes das escolas públicas, aí sim vamos conseguir acrescentar a um novo nível de preconceito racial, o preconceito social. Assim vamos conseguir, ter problemas comparáveis a paises mais adiantados. Deveríamos copiar as qualidades e não os defeitos desses paises, até porque mesmo em paises como os Estados Unidos, África do Sul, entre tantos, já descobriram que a discriminação racial, não serve para nada, é um entrave à convivência pacífica, indispensável ao desenvolvimento econômico e social de qualquer povo. Até na Índia, país com uma população organizada por castas sociais e étnicas, já chegaram à conclusão, que não há progresso sem homogeneidade social e racial. A China está a caminho de um desenvolvimento espantoso, em parte devido ao abrandamento de um sistema de castas, que tem milhares de anos de tradição, que nem o radical sistema comunista de Mao conseguiu erradicar.
Mas como sempre, a nossa classe política só foca os interesses eleitorais, é muito mais fácil, e barato, a curto prazo, compensar um sistema educacional falido e sucateado, com medidas demagógicas e "politicamente corretas" sob o pretexto de "resgatar uma suposta dívida", decorrente dos tempos da odiosa escravidão. O preconceito racial é cultural, é resultado de ressentimentos que virão à luz, quando os brancos capazes, estudiosos e esforçados, perderem uma vaga, conquistada com dedicação e sacrifício, para alguém que tenha a pele mais escura, ou seja um advindo do sistema educacional público, de qualidade medíocre, só porque acharam uma fórmula mais barata, do que investir na qualidade do ensino, na qualidade dos professores da rede pública, com seus salários ridículos e humilhantes. Sim , aí vão conseguir criar além do ressentimento racial, o ressentimento social. Quem sabe o próximo passo é estudar o sistema de castas Indiano e criar uma lei para regulamenta-lo aqui.
Porque não seguir o exemplo da Coréia, que em algumas poucas décadas, transformou um país essencialmente agrícola, em uma potência industrial, do calibre de um Japão. Mas não, isto custaria muito, desviaria verbas de locais muito mais rentáveis à nossa classe política. Os únicos que podem repudiar, estas políticas inúteis e suas leis inócuas, somos nós como um todo, protestando em bloco, de modo a deixar os políticos inseguros quanto à nossa idiotice e omissão.
Já temos uma lei rigorosa, contra a odiosa discriminação racial, façam cumpri-la, nada mais.
TUDO ISSO PODE SER CORRIGIDO PELO VOTO, LEMBREM-SE DISSO.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Sifu, mifu ou nosfu?

Nós brasileiros temos uma longa tradição, de nos nivelarmos por baixo, qual a nota para sermos aprovados, 5, 6? Então para que tirar 7, 8 ou mais? Desperdício não?
Presenciar o presidente deste pais, usar termos deste nível em rede nacional, é uma mostra do nosso nível, afinal fomos nós que o elegemos..... Não? Você também o elegeu, não importa se não votou nele, você é co-responsável, goste ou não disso.
Eu não sou o mais educado do mundo, tenho vícios de linguagem, como qualquer um, às vezes deixo escapar termos chulos em locais inadequados. Entretanto procuro policiar este vício. Não acredito que o número de pessoas que reprovaram esta linguagem, em horário nobre e rede nacional seja significativo, afinal finalmente temos um presidente que sabe se comunicar com a massa. Nivelamos por baixo, até a imagem do líder supremo do país, porque um político e dirigente precisa ter instrução, conhecimento, experiência? É democrático dizer que todos são iguais, não?
Existe uma esperança, já vi empresas colocarem anúncios de emprego, exigindo "português fluente" como critério de admissão.....???? Uai, não estamos no Brasil? Que idioma é falado aqui? Exagero não? Afinal nem o nosso presidente é fluente no nosso idioma. Sem mencionar a falta de educação. Quem poderá repreender o filho/a adolescente, quando ele usar tais termos, durante um jantar de família?
Há quem diga que eu estou sendo "fresco", que isso é bobagem, sinto discordar, o grande problema de nosso povo como um todo, é a falta da mais primária educação, falta de civilidade, falta de espírito coletivo, falta de cultura, falta de.....
Esta falta generalizada de coisas fundamentais, vai permanecer, pois até os políticos um pouco mais esclarecidos já perceberam, a razão fundamental da popularidade de nosso presidente, portanto não se surpreendam se o famoso "Marimbondo de fogo" suposto imortal, membro da ABL e tudo mais, passe a utilizar os ".....fu", nos seus discursos.
Há momentos em que tudo parece perdido, toda e qualquer indignação inútil, é duro olhar para si próprio e sentir que qualquer indignação é inútil.....
Entretanto entregar os pontos não é uma opção, este é o jogo deles, é com isso que estão contando, esses poucos inúteis desistindo, é a meta para o triunfo final e definitivo dos medíocres.
AÍ SIM NÓS TODOS "NOSFU", "SIFU" OU "MIFU"........ LEMBREM-SE DISSO NAS ELEIÇÕES.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

A má fé persiste

No dia seguinte ao meu comentário, sobre a hipocrisia da discriminação racial em nosso país, é aprovado projeto que cria cotas para admissão nas universidades, destinadas a quem é aluno de escolas públicas, já que literalmente os luminares criadores da lei, reconhecem que o nível do ensino público é medíocre, o que diminui significativamente as chances dos alunos, dessas escolas, entrarem nas universidades.
Como já disse, a saída mais conveniente é deixar o nível desse ensino baixo (leia-se mais barato) e criar uma nova cota de privilegio, esta sim com intuito aparentemente "social" (leia-se votos).
É inacreditável a má fé, a hipocrisia, é a história de nosso país se repetindo, naquilo que tem de pior. Nossos políticos sempre farão tudo, para preservar suas verbas e emendas para fins puramente eleitorais e os idiotas (todos nós), que os elegem se dão por satisfeitos. Nenhum pais desenvolveu-se solidamente, sem antes destinar grande parte de seu orçamento à educação, vide o exemplo da Coréia. O problema é que as verbas para a educação, permitem pouca manipulação, comparadas às outras áreas, portanto a possibilidade de lucro para os seus gestores é menor.
Não consigo justificar o acesso para as universidades, por outra maneira que não a da qualidade do conhecimento, para que serve um universitário sem base sólida de conhecimento? Para ficar anos e anos tentando se formar e sair de lá um profissional medíocre em conhecimento técnico?
Esta é a base do desenvolvimento, que vai nos levar a um mundo melhor?
Acompanhem o que está acontecendo num país como os Estados Unidos, onde o congresso está relutando em despejar dinheiro do contribuinte nas montadoras de automóveis, apesar do risco ao emprego de milhões de americanos. Os políticos de lá, já sentiram que os seus eleitores não tolerarão ver seu dinheiro tapar os buracos causados por uma administração desastrada, de mega empresas que lá fazem verdadeiras "carroças", parafraseando alguém famoso aqui. Basta ver o investimento em tecnologia para transformar carros, que consomem combustível de forma absurda, comparados com os seus concorrentes Europeus ou Asiáticos. O medo dos políticos de lá é real, seus eleitores não aceitam que seu dinheiro, financie um bando de executivos só voltados para seu próprio lucro.
LEMBREM-SE QUE OS POLÍTICOS, QUE ESTÃO CRIANDO ESTE ABSURDO, FORAM POSTOS POR VOCÊ LÁ.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Discriminação racial

Ha um tempo atrás, comentei sobre o assunto, depois de ler alguns pareceres de gente muito mais importante e ,porque não, capaz do que eu. Porque então voltar a ele? Porque hoje me dei conta que estamos com parte do país em feriado do dia da "Conscientização Negra"(??).
Continuo achando, que se continuarem tratando o assunto, como estão fazendo, dentro de mais uma geração, vão realmente implantar o preconceito racial generalizado em nosso país.
O preconceito racial, não é algo com que se nasce, é uma coisa cultural decorrente da educação, a criança pouco se importa com a cor da pele de outras crianças, a menos que os pais incutam nela algum tipo de preconceito. Aliás o preconceito racial, sempre foi ameno aqui, devido à nossa pobreza cultural, à falta de instrução e educação, ignorância mesmo. O adolescente ainda é vulnerável à doutrinação racista, mas o que se vê aqui, é que não ha mais necessidade de incutir o preconceito, as crianças e ou adolescentes, vão acabar percebendo que há algumas raças, mais iguais que as outras. Não é criando privilégios a algumas raças ou etnias, que se aumenta as chances delas sobreviverem, ou progredirem.
É proporcionando uma igualdade de oportunidades na educação, através de acesso à educação pública DE QUALIDADE, para aqueles que não tem os meios materiais para obte-la. Dando preferência aos que comprovadamente, não tem os recursos para obter educação e isso não é exclusividade de cores da pele ou raças específicas.
O preconceito é odioso e deve ser punido penalmente. Temos legislação para isso e é bem rigorosa, é só fazer cumprir a lei. Nos Estados Unidos a discriminação racial, que era cultural e fortíssima, foi atenuada (não totalmente erradicada) com a força da lei e não se pode negar, que é um fato admirável terem eleito um negro, para o cargo mais poderoso do país e do mundo.
Na minha infância e adolescência, a cor da pele nunca foi um fator significativo para mim e para a maioria de meus contemporâneos, meus pais nunca manifestaram, qualquer preconceito contra qualquer cor de pele ou raça, isto apesar de meu pai ser americano, ele próprio filho de pais totalmente sem preconceitos, coisa rara nos EUA daquela época e além de ter passado boa parte de sua adolescência em Atlanta, na Geórgia, local do mais exacerbado preconceito racial.
Isto me convenceu que esta hipocrisia, de querer compensar a perseguição aos negros da época da escravidão, em gerações que sequer entendem o que ocorreu na época, aí sim por ignorância, por falta de instrução e educação, é o meio mais fácil de criar ressentimentos, estes sim atuais e palpáveis. Cada um que perder uma vaga na universidade, apesar de ter tido um bom aproveitamento nos testes, para um negro, ou índio, ou quilombola, ou qualquer outra raça que conseguir vender a imagem de perseguida, vai ter um ressentimento significativo, este sim transmitido aos filhos e descendentes, com a memória fresca e objetiva.
O critério de admissão deve ser só a capacitação e conhecimento adquirido, se isso gera distorções porque os negros, amarelos, ou outras cores exóticas, não tiveram oportunidades iguais de instrução, a causa disso é um sistema educacional medíocre, devido a décadas de políticas, essas sim discriminatórias, dos nossos governos, já que os recursos da educação foram desviados para searas mais "lucrativas" para os gestores do dinheiro público, com a conivência do "povo" inerme e pouco envolvido com as coisas públicas.
Mais barato criar "cotas" raciais, do que gastar o dinheiro necessário, para melhorar e tornar mais democrático e social o acesso à educação, além do fato que estas políticas paternalistas raciais, dão mais dividendos político eleitorais de curto prazo.
Não tenho a pretensão de ser o dono da verdade neste assunto, só acredito que deveríamos seguir os exemplos positivos dos mais desenvolvidos e o fato de grande parte dos paises ricos terem discriminação racial, isto não significa que para chegarmos neles, devemos criar uma discriminação aqui. Observe-se que alguns paises altamente ricos e desenvolvidos, não possuem qualquer tipo de discriminação.
Lembrem-se que uma de nossas vantagens, é sermos um povo heterogêneo, onde até raças totalmente incompatíveis (judeus e árabes) convivem numa harmonia improvável, em qualquer outro lugar do mundo. O que queremos? Terrorismo, atentados? Distrações para tirar o foco da corrupção? Sei lá.
Sei que não é cobrando, uma suposta "dívida" de mais de um século, é que vamos eliminar algo que só pode ser reprimido com sanções penais que já existem. Discriminou? Vai preso. Aí as pessoas pensam duas vezes, em externar atitudes odiosas, injustificáveis e imbecis.
VOTEM COM CONSCIÊNCIA, ISTO É MAIS INTELIGENTE DO QUE CRIAR SUBTERFÚGIOS PARA AMENIZAR DÉCADAS DE POLÍTICAS HIPÓCRITAS.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Cinismo

Temos presenciado uma crise internacional crescente, nas últimas semanas, onde grande parte da responsabilidade recai sobre a patética, porém perigosa, figura de George W. Bush, com sua cara de Alfred E. Newman, personagem caricato da revista mais escrachada e debochada de humor do mundo, "Mad" (louco). Tenho procurado acompanhar o noticiário internacional original, misturado com a campanha presidencial americana, afinal eles elegeram duas vezes este desastre e eu criticando nosso eleitorado.....
O que pode-se depreender do que aconteceu lá, é o resultado de uma sociedade essencialmente consumista, onde o objetivo primordial é comprar, comprar, comprar..... Entretanto parece que os americanos começam a entender, como se enfiaram neste imenso buraco. Num país onde historicamente os juros sempre foram baixos (comparados com os nossos, pelo menos), o americano médio nem percebia o volume de juros que pagava e o governo deliberadamente estimulava o consumo, pois tudo lá depende do volume de consumo, além disso as empresas financeiras facilitavam o crédito de forma crescente , estimulando a tomada de empréstimos, já que a margem (juros) sendo baixa, eles ganhavam na escala (numero de financiamentos), algo como produção em massa de juros/empréstimos. O mesmo ocorreu no setor imobiliário e assim a bola de neve cresceu. Os bancos de outros paises, com juros baixíssimos (Japão, Paises Asiáticos, Comunidade Européia) começaram a comprar estes financiamentos para aumentar a própria escala e aí se formou uma monstruosa corrente da felicidade financeira, atrás de margens maiores de aplicação de capital. Depois dos tomadores de empréstimos começarem a ficar inadimplentes, foi só uma questão de tempo para a avalanche levar tantos de roldão....
Aí vocês perguntam, "ta bom onde quer chegar?". Eu quero perguntar sobre algo que absolutamente ninguém, nem os críticos mais vorazes, perguntou até agora.....
E as nossas reservas foram aplicadas onde?
Lembrem-se, que do altos de nossos mais de 200 bilhões de dólares, uma parcela significativa deve ter ido naquela direção, à procura de melhor remuneração desse capital, o que é normal.....
Afora isto, vemos nosso presidente ostensivamente estimulando nosso povo, a continuar a comprar cada vez mais, a endividar-se, guardando as devidas proporções essa é uma hora de cautela para o consumidor comum, endividar-se principalmente a longo prazo, é uma prática de alto risco, pois essa recessão que já começou lá fora, chega logo aqui e seu emprego de hoje, pode ser o desemprego de amanhã.
Mas nada disso importa, o cinismo de um governante que descobriu e gostou do poder não tem limites, que se "lasque" o futuro, o que importa é o resultado eleitoral de hoje, não o bem estar do amanhã.
"Os fins justificam os meios", lembram-se desta frase? Pois bem somos governados por um semi analfabeto, que tem boa memória e aprende rápido os truques da manutenção do poder, algo que a sua oposição, com toda sua inegável bagagem política e cultura infinitamente maior, parece ter esquecido haja visto sua "eficiência" oposicionista.....
Vivemos dias de cinismo desenfreado, o duro é que o número de pessoas, que entendem o significado desta palavra, infelizmente é pequeno, muito pequeno. Nosso grande líder até fez discurso sobre a nova reforma ortográfica e o fez na Academia Brasileira de Letras, é mole??
LEMBREM-SE DAS ELEIÇÕES DE 2010!!!!

Democracia

Esta eleição me deixou uma impressão melhor..... Eu que costumo ser tão cáustico e irritadiço, com a indolência do nosso povo, que se caracteriza como idiota, para todos os nossos políticos, tenho de reconhecer que parece (pelo menos parece...) que houve uma votação mais consciente, não importa quem foi eleito, ou ainda vai ser eleito neste próximo segundo turno. Parece (de novo) que os pretensiosos patrocinadores de candidaturas, foram surpreendidos por um eleitor mais focado em resolver os problemas reais e menos em agir por cabresto, alguns reeleitos parecem ter merecido esta reeleição. Pelo que andei me informando, a amostragem do reeleitos aparentemente fizeram uma gestão anterior, no mínimo, decente. Deve haver exceções é claro, mas já é um sinal que aquela propaganda da Justiça Eleitoral, encontrou algum eco. É um bom sinal e talvez sirva de alerta para os que nos julgam todos idiotas, ou pelo menos a grande massa que importa numa eleição, a repensar sua postura, talvez não consigam enfiar goela abaixo, dos não idiotas, seus candidatos.
Encontrei por aí um conceito da "Democracia Negativa", proposta por alguém muito mais versado e criativo que eu, porém é um conceito muito interessante, que nunca teria reais chances, pois seria a morte desses políticos de m....(perdão, não encontro outra palavra), que abundam em nossa democracia (aliás não só na nossa, vide a campanha política nos EUA, o que não deixa de ser algum conforto para nós, afinal não estamos sós na nossa idiotice, vide Bush).
A democracia negativa existe, é mais ou menos o que se pratica nas grandes corporações de capital aberto, onde os acionistas não elegem o seu presidente, ou dirigente, mas tiram ele do poder quando estão insatisfeitos. Em geral esses presidentes, são eleitos por um pequeno colegiado (ou board), que selecionam alguém, com notória experiência e saber na área de atuação da corporação. Este colegiado, normalmente, é também demitido junto com o dirigente incompetente, afinal no mínimo não foram competentes para escolhe-lo, não?
Porque negativa? Simples, porque os "eleitores" (acionistas) votam para demonstrar sua contrariedade, votam contra, daí o nome. O eleito, ou eleitos, são escolhidos pelo colegiado não porque são bons de voto, mas sim porque são bons no batente (no trampo mesmo). Já pensaram isso introduzido em nossas eleições? Imaginam um "Zé da Farmácia", "Paulo do Postinho" (algumas alcunhas na eleição de onde resido) sendo eleitos? Candidato, para se habilitar, não bastaria saber escrever (mal e porcamente) o próprio nome. Deveria ter alguma qualificação profissional, outra de ter sido, ou ser síndico do seu condomínio, como alguns candidatos por aqui e pelo país afora.
Para se candidatar a um cargo representativo, o candidato deveria passar por uma espécie de vestibular, para termos certeza que tem algum conteúdo, além do próprio nome, no seu cérebro. Afinal qualquer cidadão, que pretenda ingressar no serviço público, para passar a viver sob as asas da "União" (das nossas, bem entendido, quem sustenta a união somos nós, lembram-se?), tem de passar por um concurso público, muitas vezes bem rigorosos.
O argumento de que na democracia, todos tem direito a serem candidatos, não significa que qualquer um serve, para representar seus eleitores, no mínimo tem de entender o que isto significa. No dia em que todos os eleitores assim entenderem, o horário político terá alguma utilidade, além de servir para que os não idiotas saibam em quem não votar.
Enquanto não soubermos selecionar em quem votarmos, nunca vamos passar de uma democracia "meia boca", onde tudo se faz na política visando os interesses próprios dos "Zés das Farmácias" da vida.......
DAQUI A DOIS ANOS TEM ELEIÇÕES NOVAMENTE, ESTA MAIS IMPORTANTE AINDA, LEMBREM-SE DISSO.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Conscientização

A omissão é a maior arma do político, a maior causa da impunidade em qualquer lugar do mundo. É o motivo de termos sempre esta pecha de "idiotas", útil para a permanência dos políticos na cena eleição após eleição e isto não é um privilegio só nosso, algo semelhante ocorre na maior e mais rica democracia do mundo os E.U.A., normalmente demonizado como o "Império". O interessante é que o sistema educacional deles tem umas características, não tão ruins porém, parecidas com o nosso, ou seja a pobreza cultural, principalmente fora dos grandes centros, é enorme. Vá a uma capital de um dos estados secundários (não economicamente) como Tulsa no Oklahoma e tente achar alguma notícia de fora do estado, não digo nem de fora dos E.U.A.. Não vai achar nada, nem uma cópia do New York Times, será fácil de achar. O americano médio, principalmente do interior, é tão ignorante quanto nós, poucos sequer conhecem os políticos que os representam em Washington, até porque o voto não é obrigatório e olhe que eu não sou favorável ao voto obrigatório. A grande maioria que não vota, tem como característica algo muito comum por aqui a omissão. Quando as coisas vão mal, como agora por lá, todos reclamam mesmo os que não votaram, quem sabe na próxima eleição eles decidem escolher seu representante, para ter alguém para quem reclamar.
Como podemos observar, o exercício da democracia é trabalhoso, mas pelo menos pode-se pensar e agir por si próprio, nem sempre com sucesso é verdade, mas é inegável que há um prazer indiscutível e poder expressar suas idéias e convicções.
A conscientização é indispensável, os americanos estão provando as conseqüências da omissão, deixaram uma minoria gananciosa, esta não omissa, por no poder um presidente que é o seu instrumento, para atingir os fins, que são a causa real do que está acontecendo por lá.
O capitalismo tem este defeito fundamental, tudo é válido para atingir os fins, a única coisa que pode controlar e regulamentar esta característica, é a democracia consciente.
Ouvimos constantemente como esta crise pouco afetará nosso país, não vejo ninguém realmente explicar o porque disso. Eu sou um engenheiro, porém um economista curioso, leio muito do assunto procurando entender o que se passa por trás do "economês", o que ninguém diz claramente é que escapamos do olho do furacão, porque nossos juros são altíssimos e não faria sentido nossos bancos aplicarem dinheiro dos seus correntistas, a juros menores que os encontrados aqui, portanto nossos bancos não emprestaram dinheiro lá fora, ele tomam empréstimos mais baratos lá e emprestam mais caro aqui. Nem é dito que nosso sistema financeiro foi saneado, enfrentando a oposição dos atuais políticos no poder, nos anos 90. O atual governo pôs na presidência do Banco Central, um banqueiro de respeito, Tucano por sinal, que constantemente aumentou nossas reservas, sob críticas constantes, deixando nossa "burra" cheia, o que também nos ajuda muito a ficar longe do olho do furacão. Este é o maior mérito do nosso "presidente", aliás infinitamente mais inteligente que os seus "pares". Nunca vão reconhecer isto, o que explica este aparente "esquecimento", inclusive da mídia, financiada com benesses do governo, outro sinal da inteligência de nosso grande "líder"..
Como podemos ver, nem tudo é negativo neste governo, só a institucionalização da amoralidade administrativa e política, é que vai nos perseguir durante muito tempo ainda, fazendo-se necessário ter cada vez mais conscientização, para no futuro não elegermos um Bush tupiniquim, que conseguiu ser ofuscado por nosso "sapo barbudo", que saiu melhor que a encomenda......
DOMINGO PRÓXIMO, LEMBREM DAS PROPAGANDAS POSITIVAS DO T.R.E., E VOTEM COM CONSCIÊNCIA!!!!!! QUEM NÃO VOTA NÃO PODE RECLAMAR, CALE-SE PELOS PRÓXIMOS QUATRO ANOS.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Jeitinho Brasileiro

Estive matutando sobre essas, aparentemente democráticas e liberais iniciativas, de tornar mais acessível aos pobres e membros de minorias étnicas, o acesso ao ensino superior. Como criticar tais iniciativas sem parecer elitista e retrógrado? Ou mesmo politicamente incorreto? Arrisco a despertar a ira de alguns eventuais leitores. Mas mesmo assim decidi expor meu ponto de vista.
Sou originário de uma educação essencialmente liberal e democrática, num primeiro momento senti uma certa simpatia a esses sistemas de "cotas", porém algo me incomodava. Afinal vivemos um momento contraditório em nosso país, onde passamos por uma fase extremamente positiva em nossa economia, com indicadores sociais inegavelmente positivos, então porque essa sensação de inquietação? Serei eu um eterno insatisfeito?
O que me incomoda é que todo este progresso tem um só objetivo, a manutenção do poder a curto prazo, não importando as conseqüências a longo prazo, à nossa futura convivência social. Característico do nosso tradicional "jeitinho brasileiro", tudo se justifica se isso significar uma vantagem imediata. O acesso ao ensino superior deveria ser igual para todos, o que sucede é que o sistema educacional público, foi literalmente demolido nos últimos 30 ou 40 anos. Porque? Uma convicção das famosas elites políticas, que o ignorante é mais fácil de manipular, além de que o que não era aplicado na educação tinha destino mais lucrativo, de imediato, em outras áreas. Assim ao longo dos anos, o ensino gratuito, este sim extremamente democrático, foi se degradando a ponto de ser incapaz de preparar quem quer que seja, pobre ou rico, para o inevitável processo de seleção para o ensino superior e ou profissional.
Como solucionar isso? Não existe solução de curto prazo, a solução real seria investir na formação e pagar salários dignos para a classe que é mais considerada e importante em qualquer país sério, os educadores. Olha que não sou professor! Antes que alguém ache que sou membro da classe.
Como fazer isso a curto prazo? Criando essas novas "castas", reservando vagas para pessoas em que o único "mérito" é ser pobre, de alguma cor, de alguma raça exótica ou mesmo tudo isso e mais ser simplesmente vagabundo. Há casos de aspirantes ao ensino superior, se declararem "pardos", mesmo estando simplesmente bronzeados, para serem admitidos a estas novas "castas".
Qual o resultado? Criar ressentimento, justificado por sinal, afinal o critério absoluto deveria ser a capacitação em conhecimento, assim porque estudar e se informar? Vamos improvisar, nos incluirmos em alguma minoria, afinal quem é totalmente isento de um "pé na África", ou uma longínqua origem silvícola? Afinal a maior característica de nosso país, é a diversidade de etnias, de imigrantes e a inevitável miscigenação, que sempre proporcionou uma grande tolerância racial, coisa rara no mundo de hoje.
O preocupante é manipular estes sentimentos delicados, arriscando a criar ressentimentos incontornáveis, vide o Oriente Médio, num país fundamentalmente miscigenado, afinal a único preconceito que sempre existiu, o social, está a caminho de uma gradual atenuação, com uma inegável redistribuição de renda, feita com intenções eleitoreiras é verdade, mas com resultados positivos. Não existe solução justa de curto prazo, para o acesso ao ensino superior e profissionalizante e isto não é conveniente às necessidades políticas, de quem quer o poder a qualquer custo, já.
Portanto a solução é o nosso tradicional "jeitinho brasileiro", não importam as conseqüências futuras, afinal "este não é meu problema no momento", mentalidade característica de nossa classe política, desde o início de nossa história.
LEMBREM-SE, DENTRO DE 18 DIAS TEREMOS ELEIÇÕES, VOTEM COM CONSCIÊNCIA. QUEM NÃO VOTA, OU ANULA O VOTO, OU VOTA EM BRANCO NÃO TEM DIREITO A RECLAMAR DE NADA!!!!!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Tortura democrática

Como é penoso ser um democrata...... Já tentou assistir o horário eleitoral? Não se salva nem 10% do que se ouve lá. Eu sei que é difícil, pois a teoria democrática, é que todos tem direito a postular um cargo eletivo, mas não haveria um padrão de conhecimento ou cultura, alfabetização mesmo, a ser seguido? Mesmo algum padrão de maturidade também, pois já presenciei alguns candidatos que mal tinham 18 anos, até aí nada contra, quanto antes você se conscientiza politicamente melhor, afinal não quero parecer contraditório, já que minha crítica primordial é a alienação política de nosso povo, mas acredito que para efetivamente representar um eleitorado, é necessário um mínimo de conhecimento, seja qual ele for, alguns candidatos sequer sabem se expressar, não quero falar de dominar o vernáculo, mas conseguir concatenar e expressar suas idéias.
Espero que pelo menos estejam se certificando que os candidatos sejam alfabetizados e que saibam algo mais, do que escrever o próprio nome. Afinal a constituição considera que para ser candidato, o indivíduo tem de ser alfabetizado.
Lembram daquele juiz eleitoral, que fez um teste de escrita e interpretação de texto, num grupo de candidatos a estas eleições? Foi um desastre, pelo que foi divulgado e até agora não desmentido. Como alguém pode se propor, a criar novas leis para melhorar a vida de seus constituintes, sem saber pô-las no papel?
Nosso presidente provavelmente discordará de mim (quanta honra!!), afinal ele parece não ser muito íntimo com as técnicas de redação e leitura. Ele entende mesmo é de divulgar seus feitos, nunca vistos antes na história desse país.........
Entretanto, para seu crédito, ele reconhece que só num regime democrático pleno (quase pelo menos), foi possível ser eleito e esta é a grande virtude do exercício da democracia, que vem com alguns conceitos que ainda devem ser se aprimorados, tal como definir um mínimo de qualificação para alguém pleitear e exercer um mandato representativo em nosso congresso, câmaras estaduais e câmaras municipais.
Enquanto isso, é preferível ser torturado e viver numa democracia......
SUBMETAM-SE A ESTA TORTURA E SAIBAM ESCOLHER, AO MENOS EM QUEM NÃO VOTAR.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Cafarnaum Jurídico

Para nós leigos , o que presenciamos nessas discussões públicas sobre nosso judiciário, no mínimo passa uma imagem de uma grande confusão, com uma luta de bastidores sobre poder, quando no judiciário o importante não é o poder mas sim a justiça. Obviamente o judiciário é um poder, na medida em que suas resoluções são obrigatoriamente cumpridas, mas quando são contestadas, publicamente, dentro da sua própria estrutura, da mostras de estar num intricado cafarnaum.
É inacreditável como o foco da atenção oscila em nosso país. A cada dia que passa, vemos os eminentes juristas da cúpula preocuparem-se com o uso de algemas, com a "humilhação" que isto impõem ao preso..... Interessante, sempre pensei que a suprema humilhação é ser preso. Agora querem discernimento das nossas forças policiais, quanto à ocasião apropriada para algemar, nossas hostes policiais sequer sabem o momento certo para "fuzilar" o suspeito, quem diria algema-lo. Fuzila-lo seria a solução mais prática, assim não há que se preocupar depois em usar ou não a algema e acima de tudo não haverá humilhação, não?.....Ridicularização à parte, continuo acreditando firmemente que o problema não está nas algemas e sim na aplicação imparcial da justiça, algo que nunca foi realmente praticado, salvo poucas e certamente honrosas exceções.Há um consenso firmado, entre nós meros mortais, que a "justiça" é para quem tem recursos, sejam monetários ou de poder. O próprio "sistema" é baseado no acesso elitista à assistência jurídica, é claro que os advogados tem de ser remunerados, longe de mim presumir que a assistencial jurídica deva ser universalmente gratuita, afinal eles também tem "contas a pagar" assim como todos nós. O problema que a classe dos advogados, com o passar dos tempos, tornou-se uma corporação intocável, parecida com a dos médicos, onde os "leigos" são encarados como pessoas menores, um mal necessário que compõem o mercado de trabalho, assim como os pacientes.
O exercício da advocacia, similarmente como o da medicina, é essencial à nossa organização como sociedade, ela cuida da saúde de nossas instituições, algo parecido com a nossa saude física, ela é necessária ao entendimento, por nós leigos, das leis que regem nosso dia a dia, tão importante como nossa pressão arterial, ou nosso bem estar físico, sem dores ou angustias, que tanto afetam nossa qualidade de vida.É claro que como em toda classe profissional, seja qual ela for, há os bons e os maus profissionais, o problema é que o advogado, assim como o médico, lida com um conhecimento muito específico, que poucos compreendem, só sentem o resultado no final. Ambas as classes tem, por razões óbvias, órgão de classe que supervisiona o exercício da sua profissão, tentando garantir a retidão moral e técnica da conduta profissional. Entretanto sua atuação tem pouca transparência, ou pelo menos não é facilmente visível. O resultado disso, é que há novamente um consenso sobre a imagem negativa, muitas vezes injusta, da classe dos advogados. Quem não ouviu piadas irônicas e depreciativas sobre a classe? Assim como a dos médicos?Para nós meros mortais, o judiciário, em nosso país, é motivo de chacota irônica, o que é muito ruim para a estabilidade de nossas instituições, conheço poucos leigos que realmente confiam no nosso judiciário. Não quero generalizar, até porque tenho alguns bons e respeitados amigos nessa classe, pessoas em quem deposito minha total confiança, bem como meus interesses.
Para nós leigos, principalmente para quem tem formação técnica, é muitas vezes incompreensível porque a letra da lei vale tão pouco, mesmo aquelas leis que tem uma redação inteligível para nós e que são sempre "passíveis de interpretação". Quando se "interpreta" o cálculo estrutural de uma construção, ela quase sempre rui.
Outra característica curiosa da profissão, é a impossibilidade de haver cobrança de desempenho profissional, quanto a prazos e metas a atingir. Nas profissões "menores", o contratante exige metas e prazos a serem atingidos, caso contrário perde-se o cargo ou o emprego..... O sistema judiciário também é regulado por prazos, já tentaram prever algo com esses prazos? Nem tente, será explicado a você, exaustivamente, o porque não se pode prever nada através desses prazos, aliás quando há habilidade do advogado envolvido e recursos do cliente, há as maneiras que quase todos nós conhecemos, de entravar e atrasar o andamento das providências necessárias ao andamento dos processos, sem contar que há certas fases em que os julgadores sequer tem obrigação de obedecer a prazos. Longe de mim tentar aqui relacionar tais fases, ou tentar desvendar e expor o caminho que deveria ser seguido, para melhorar a eficiência do andamento, dos processos como um todo, até porque acredito não existir esse "caminho", não há interesse no próprio sistema em criar uma solução que desentrave um sistema por si só complexo, o que por si só é conveniente.
Quero deixar claro, que minha frustração não é um privilegio meu, quantas vezes você ouviu que "melhor um mau acordo, do que uma boa contenda jurídica"? E isso não é uma característica exclusiva de nosso judiciário. Juristas e eminentes especialistas no assunto, são os mais indicados a comparar as qualidades e defeitos de judiciários de paises diferentes e mesmo assim daria margem a verdadeiros tratados sobre o assunto.
Esta complexidade operacional, somada a natural complexidade de um arcabouço de complexas leis, são o refugio perfeito de maus profissionais e para a prática segura de má fé, que ficam impunes e prejudicam a tantos, que tem como característica comum limitação de recursos e distância do poder.
Vou novamente enfatizar, que são os bons profissionais, tanto na capacidade profissional, quanto na fortaleza de caráter, que sustentam a pouca credibilidade de um sistema fechado e extremamente corporativo.
Quem não ouviu sobre os famosos "precatórios" que obrigariam o estado a indenizar pessoas prejudicadas por ações indevidas do estado, onde a justiça o condenou a reparar os danos causados e que estão há anos parados, sem ter suas sentenças cumpridas? Quem tem o poder aí? Há perspectivas do cumprimento dessas sentenças? Quem não força o seu cumprimento é a própria justiça, com que justificativas?
Enfim espero um dia encontrar uma pessoa que possa dar respostas convincentes e honestas a estas questões, que minam mais do que aparentam a base de nossa democracia que, sem dúvida, tem no Judiciário um de seus pilares de sustentação.

LEMBREM-SE, EM OUTUBRO TEREMOS ELEIÇÕES, VOTEM COM CONSCIÊNCIA.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Pobreza Olímpica

O governo tinha grandes esperanças, do tipo “nunca antes na história desse país...”, nestas Olimpíadas. No entanto não é possível contornar a total falta de apoio, que nossos esportistas vivenciam, com palavras bonitas, quem sabe criem uma “bolsa esporte”?
O pouquíssimo que tiveram a oportunidade de alcançar uma medalha, não importa de que tipo, são verdadeiros heróis e os que por alguma fatalidade fortuita, perderam-nas no último momento, externaram a pressão a que foram submetidos. Está claro que o esforço desses atletas foi formidável e o mérito só de serem classificados para participar, junto a atletas formidáveis de todo o planeta, por si só já é uma premiação. Não temos tradição em considerar nada menos que o “ouro”, como algo digno.
A única exceção foi o futebol, que mais uma vez vai ficar sem medalha, pois a postura dos atletas, diferente das outras modalidades, é acomodada nos números de seus altos salários, diferente, por exemplo, das “meninas” que sem apoio nenhum lutam e dão o sangue, para conseguir um lugar ao sol. Torço pelo seu ouro, que se lhes escapou das mãos no último momento.
Foi emocionante ver a dignidade com que a seleção de vôlei enfrentou a decepção da derrota na final frente aos americanos, é a única manifestação de ação coletiva exemplar em nosso esporte, somo um povo individualista, como demonstrou nossas medalhas de ouro, onde verdadeiros heróis conseguiram sobrepujar atletas fantásticos e trazer para si o reconhecimento internacional de sua competência.
Os deuses entretanto, sorriram para as meninas do vôlei, que tanto sofreram, por falta de equilíbrio emocional, não por falta de competência esportiva, em Atenas.
Foi emocionante ver a vibração dos pouquíssimos bem sucedidos, nossos políticos os assediarão incansavelmente, neste período pré-eleitoral, tentando capitalizar votos no sucesso desses heróis que ouvirão as promessas de praxe, declarando sua total dedicação ao desenvolvimento do esporte no nosso país.
Vivemos tempos onde o uso da mídia, tornou-se infinitamente mais sofisticado (o que tem duplo sentido mesmo, tenham curiosidade e vejam no “pai dos burros” o real significado de sofisticação). Hoje tudo é calculado para capitalizar votos, até as desgraças, afinal o que importa é o poder. Bons tempos aqueles em que a motivação dos políticos era mais simples, só roubar, hoje em dia é alcançar o poder para roubar impunemente, porque em nosso país nada acontece com os poderosos, não importa o que façam.
Agora vamos tentar sediar os jogos de 2016, não seria melhor investir no treinamento de nossos atletas, do que nas obras faraônicas, necessárias à infra-estrutura de tal evento? Acredito que as obras darão maiores possibilidades de superfaturamento. Cinismo? Talvez. Mas nossa história nos ensina sobre o que é mais importante, para os poderosos.
O povo Brasileiro é uma salada de etnias, responsável pela falta de identidade que o caracteriza, isso somado à educação deficiente é suficiente para causar essa característica individualista e alienada dos problemas coletivos. Somos uma sucessão de estórias de luta individual pela sobrevivência, tal qual aquele admirável lutador de judô, que sem recursos, patrocínio ou apoio de qualquer espécie, chegou perto de uma medalha de bronze. Mais impressionante ainda foi a dignidade e a coragem em admitir, que faltou algo para atingir seu objetivo, sem culpar juizes, fatores externos e até sua própria falta de recursos, como responsável pelo seu fracasso. Fracasso? Não vitória em chegar onde chegou. Mais admirável ainda foi o apoio de sua família, simples como a maioria absoluta deste povo, mas que tem uma dignidade instintiva, que mantém uma esperança no futuro deste país, a despeito da sua classe dominante e governante.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Idiotas ou passivos?

Uma dúvida tem me perseguido...
Será que somos efetivamente idiotas, como todos os políticos nos julgam? Não creio que todos sejamos idiotas, não é possível que isto seja uma característica genética de nosso povo. Isto seria perigosamente parecido, com os conceitos nazistas sobre os judeus....... Nossa! Já pensou? De repente alguém vai me julgar nazista!.....Sá me faltava essa. Alguns dos meus críticos, tem insistido que eu generalizo muito.
Daí me ocorreu essa possibilidade, PASSIVOS, é menos ofensivo não? Se bem que o passivo tem um quê de idiota. Mas sem dúvida é menos depreciativo. Passivo também tem uma certa conotação sexual, já pensaram? Eu sou espada!!!! Diriam alguns indignados. Já perceberam? Nossa característica, é darmos importância a assuntos totalmente irrelevantes. Aí está a chave do enigma. Nas próximas semanas nossas atenções estarão voltadas para os jogos olímpicos, não que tenhamos alguma chance significativa, nos esportes individuais salvo, é claro, umas poucas e honrosas exceções. Esta ano os campeonato brasileiro de futebol, tem sido uma diversão significativa de assuntos graves e importantes, dado o seu equilíbrio, onde um número nunca visto de times, tem chances de ganhar a competição em ambos os extremos, liderança ou rebaixamento, isto aumenta o número, usualmente já grande, de interessados e sabemos que nada compete com isso. Os políticos estão adorando. Muita coisa está acontecendo sob este manto de diversões, quase aprovaram aquele trem da alegria, há algumas semanas não?
Essa cortina de fumaça, também foi descoberta pelo crime organizado, tentaram estabelecer currais eleitorais, entretanto por inexperiência não foram muito sutis e chamaram uma atenção indesejada para o assunto. Também foram interferir nas campanhas de alguns dos poucos políticos realmente decentes e combatíveis que temos (Chico Alencar e Fernando Gabeira), se fosse o "Bispo" Crivella, certamente teriam chegado a um acordo. Mas eles aprendem rápido.
Assim vemos um monte de justificativas para essa nossa passividade, afinal como vamos ignorar o Campeonato Brasileiro? Quem será o campeão? temos cinco ou sei possíveis. Quem será rebaixado? Esses também podem chamar atenção, principalmente se houver times grandes nesse meio, lembram dó Corinthians no ano passado? Esse ano ha vários desta grandeza, correndo este risco.
Definitivamente a passividade é muito mais atraente, lembrem-se que a passividade foi muito útil a Hitler na sua ascensão ao poder. Nós não temos nenhum candidato a Hitler aqui (UFA!!!!), somos muito pragmáticos para isso. Temos sim alguns sedentos de poder, para viabilizar suas falcatruas.
O que é mais preocupante entretanto, é que o passivo tem uma característica adicional, ele também é essencialmente um individualista, já viu algum passivo numa passeata?
A soma da passividade com o individualismo e um certo grau de idiotismo, é grande explicação para o fato de insistirmos em reeleger pessoas sabidamente corruptas e medíocres para cargos públicos.
DEIXEM A PASSIVIDADE DE LADO, ABANDONEM O INDIVIDUALISMO, PENSEM NO FUTURO, CRIEM VERGONHA E VOTEM CONSCIENTEMENTE NESTAS ELEIÇÕES!!!!!!
LEMBREM-SE, QUEM NÃO VOTA NÃO TEM "DIREITO" A RECLAMAR DE NADA!!!!

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Analfabetos

Depois dessa polêmica corrente, sobre a "Lei Seca", há os indignados defensores dos políticos analfabetos..... Será que os juristas não tem mais o que fazer? Defender que os analfabetos, possam se candidatar a um cargo eletivo é inacreditável, neste caso, ainda bem, a lei não permite que alguém totalmente analfabeto seja candidato, entretanto há vários graus de analfabetismo e a justiça eleitoral andou fazendo testes e recusando alguns dos futuros candidatos, o suficiente para sofrerem críticas, dizendo que um teste desta natureza humilharia o eventual semi-analfabeto....
Humilharia? Eu quando não me sinto habilitado a algum tipo de teste, evito faze-lo, pelo menos para preservar minha auto estima, assim se um semi-analfabeto, que mal sabe interpretar uma frase escrita, faria o que se eleito? Como redigiria um projeto de lei? Para que serviria tal indivíduo para a assembléia a que fosse eleito? Talvez como um instrumento de arrecadação de fundos para o partido, depois de eleito, por isso vimos uma defesa tão veemente, do direito "inalienável" de disputar o pleito eleitoral, de caciques dos partidos que tiveram candidatos recusados. Como é possível defender o ponto de vista de termos um vereador, deputado ou senador que mal saberia ler? Não que não existam vários atualmente em nosso congresso e assembléias, nem precisam ler nada, basta ouvi-los falando.
É inacreditável a cara de pau, de certos ditos defensores dos direitos individuais e da nossa constituição, dói ouvi-los falar asneiras de boca cheia, preocupados com a possível humilhação dos eventuais candidatos, reprovados num teste de aptidão na nossa língua. Humilhação sentimos nós, obrigados a ouvi-los, sendo subliminarmente chamados de idiotas.
Contam, com certeza, com um sistema judiciário perdido nas filigranas de um judicialês incompreensível, cujo rebuscamento em termos latinos castiços, representa um refúgio da interpretação de suas sentenças, por nós meros mortais.
POR FAVOR, INFORMEM-SE SOBRE SEUS CANDIDATOS ANTES DE VOTAREM, INCLUSIVE SOBRE SE SABEM REALMENTE LER. QUEM NÃO VOTA NÃO TEM DIREITO A RECLAMAR DE NADA.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Cortina de fumaça

Vivemos num país "sui-generis", já ha algumas semanas temos nos ocupado em, primeiro comemorar o advento da primeira lei realmente útil em muitos anos, em seguida presenciamos um movimento de resistência a ela, em seguida uma infindável discussão sobre sua "constitucionalidade" ou não. Confesso que num primeiro momento fiquei meio perdido, qual era a real razão desta gritaria toda? Agora ficou claro, quem elaborou a Lei deve ser algum "companheiro" incompetente, aliás característica comum neles, principalmente quando se dedicam a fazer algo útil. O referido sujeito definiu um estado alcoólico, com uma grandeza física (disso eu entendo, um pouco pelo menos) sem se importar em definir legalmente como medir a mesma. Ta bom, concordo que é razoável que seja assegurada a precisão do método e ou instrumento de medida, mas parece que ainda há o empecilho de criar prova contra si mesmo..... Então não pode obrigar alguém a fazer teste de DNA, não? Podemos nos recusar a tirar nossa impressão digital, não?
Qual a diferença entre essas situações? Tudo isso criado pelo lobby das fábricas de bebidas? Pela preservação de um mercado jurídico, representado pelas milhares de ações de defesa dos bêbados que querem dirigir e eventualmente matar??
É não temos mais o que fazer mesmo. Enquanto isso esquecemos do Daniel Dantas, das transferências dos delegados que o investigava, dos "Habeas Corpus" do ministro Gilmar, das ligações desses casos com o PT e os compadres do Presidente.......
No passado observei que o governo tinha sorte, de ocorrerem tragédias de grande impacto, toda vez que era encostado na parede por algum escândalo embaraçoso. Agora ele não só se aproveita dessas cortinas de fumaça acidentais, como engrossa a mesma criando mais confusão. Esse caso do Daniel Dantas deve ser cabeludo mesmo, mas eu duvido que venhamos a saber desta estória a metade.
Enquanto isso, porque a OAB, com toda a competência dos seus quadros, não dá uma mão para os "companheiros" juristas e faz uma lei seca que realmente seja efetiva, sem toda esta discussão sobre o sexo dos anjos, de modo que quem estiver bêbado, como o motorista de caminhão que andou três kilometros na contra-mão, de uma das mais movimentadas conexões rodoviárias de São Paulo, matando um infeliz que não deve ter entendido, até o último momento, o que acontecia, pondo ele na cadeia. Ou talvez apareça um eminente jurista, defendendo o solene direito do motorista de caminhão beber e matar. Se fosse o Daniel Dantas guiando este caminhão, certamente apareceria um, ou então o ministro Gilmar , daria a ele um "Habeas Corpus", antes mesmo dele pedir.
QUEM NÃO VOTA NÃO PODE RECLAMAR DE NADA!!!!!

terça-feira, 22 de julho de 2008

Discussão inútil

Tenho presenciado uma grita geral contra a nova Lei Seca e afortunadamente um número manifestações aparentemente maior de apoio à mesma, os resultados aparentemente parecem confirmar o acerto da referida lei.
De repente tem circulado pela Net, um número significativos de pareceres jurídicos, de como tal lei é inconstitucional. Inconstitucional???? Bem como leigo não me atrevo a comentar pareceres de eminentes juristas, mas me pergunto:
Será que a Constituição, garante o direito de um indivíduo se encher de álcool e em seguida por em perigo outras pessoas, que tem o direito à vida? É mais importante o direito de dirigir bêbado?
Foi dito que não se pode obrigar o bêbado a se incriminar, fazendo o teste do bafômetro e pelo que tenho visto, sequer fazer o teste laboratorial de dosagem alcoólica. Então não tem solução, revogue-se a lei. Como provar um delito, se não há como documentar a prova principal? Vamos encher a cara e sair por aí matando , porque isto é um direito garantido pela constituição.....
Argumento idiota? Pode ser, mas é o que se depreende dessa polêmica toda. Se houvesse a real intenção, de eliminar uma das maiores causas de acidentes automobilísticos e de mortes no trânsito, eu sinceramente acredito que exista gente suficientemente competente, para elaborar uma lei eficaz.
O que não compreendo, é a posição de tantos advogados defenderem a inconstitucionalidade de uma lei evidentemente útil, em vez de criticarem a sua má elaboração e contribuírem então para torna-la uma peça perfeita jurídica. Talvez não haja interesse em tornar uma lei desse tipo factível e aí acabarem com um bom mercado jurídico.
Eu sinceramente acredito que há assuntos muito mais importantes para a evolução de nossa democracia mambembe, não acredito que o direito de dirigir bêbado, seja mais importante que a limpeza de nosso sistema político, onde uns poucos tem mostrado interesse, em impedir que verdadeiros criminosos tenham o "direito constitucional" de serem eleitos para nos esbulhar.
Sabem quando vão elaborar uma lei, que impeça que os criminosos entrem no sistema político?
NUNCA.
Tenho lido, nos últimos tempos algumas idéias que diagnosticam as mazelas desta nossa democracia, pena que elas não tenha ainda a merecida divulgação. São essas idéias que me dão esperança que há possibilidade de evoluirmos como nação, como povo. Isto se os governantes honestos e bem intencionados prevalecerem. Leiam e estudem, os ignorantes são o principal meio de perpetuação do caos. Não há sistema democrático perfeito, mas há os que pelo menos tem a intenção de acertar, não essa discussão estéril, sobre o direito constitucional de dirigir bêbado. Pobre povo que tem uma constituição que defende este tipo de direito.
QUEM NÃO VOTA, NÃO TEM DIREITO DE RECLAMAR DE NADA!!!!

sábado, 12 de julho de 2008

Desprezo

Este é o termo, que a absoluta maioria do nosso congresso, sente por nós, todos os cidadãos deste país.
Quando instalam no posto de Presidente do Conselho de Ética do Congresso, algo (sim, algo mesmo) como o deputado Sérgio Moraes onde, se só dez por cento do que consta no seu histórico policial/criminal for real, já é um deboche da palavra ética.
Já fui criticado por julgar que somos considerados idiotas, pelos políticos e membros do governo (não só, deste triste atual governo), mas acho que idiota é pouco. Como é possível calar frente a tal desatino? Tirando uns poucos artigos na mídia, ouviram algum protesto contra a indicação?
Ele deu uma entrevista onde se declara inocente (é claro!!!), e questiona como poderia estar enganando tanta gente por tanto tempo (oito mandatos!!!). É somos um bando de idiotas mesmo, reeleger algo como ele 7 vezes, é demais para minha cabeça.
Eis aí a resposta, que confirma o conceito que todos os políticos tem do eleitorado deste país, eles contam com a indiferença, o desinteresse, a omissão, o comodismo, enfim tudo que caracteriza e define a grande massa dos eleitores, que mais do que nunca tem o congresso e governo que merecem.
Este desprezo, hoje em dia, está se permeando por outros poderes, tal como o judiciário, que tem a fama de soltar o que a polícia prende. Eu acredito que há circunstâncias onde o judiciário tem justificativa para assim proceder, não sou advogado e reconheço a complexidade de nossas leis, porém esta fama tem algum fundamento. O caso mais patente no momento é a prisão de várias pessoas investigadas por crimes no sistema financeiro. Na minha opinião, "muito barulho para nada"de acordo com Shakespeare. O tempo passará, os grandes dificilmente sofrerão qualquer penalização, os pequenos punidos, para justificar esse barulho todo e a vida continuará como sempre, pois não haverá uma real indignação coletiva.
Indignação coletiva, isto é o que falta em nosso país, aquela indignação meio caótica, que assusta os detentores do poder, como ocorre em paises mais conscientes da própria cidadania. Talvez se isso ocorresse, o desprezo seria menor e os Sérgios Moraes da vida não estariam sequer no congresso.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Espantosa parcialidade

Que dizer dessa espantosa demonstração de eficiência, por parte do judiciário?
Quem está acompanhando o noticiário sobre o caso "Daniel Dantas", deve ter ficado surpreso com esta súbita demonstração de eficiência. Para quem está acostumado a esperar mais de 30 dias por uma certidão, deve ter se perguntado, qual o segredo para obtenção de tanta rapidez e presteza?
A mim só me ocorre uma causa, a importância dos envolvidos e certamente uma eficiente "lubrificação do sistema".
Quem está acostumado a ver processos sumários e incontroversos, demorarem anos sem fim, para obter uma decisão judicial, cai a ficha daquela pecha, que vivo insistindo, quanto aos nossos pendores políticos, o Judiciário também nos julga todos IDIOTAS, com a diferença que no caso deles, não podemos trocar os ineficientes e corruptos com eleições e se quisermos faze-lo, quem será o instrumento? O próprio Judiciário. Aí posso garantir que "desse mato não sai cachorro"........
Só tenho uma certeza, nenhum desses personagens do momento, vai sofrer qualquer tipo de punição significativa. Isto nunca ocorreu e dificilmente ocorrerá num horizonte visível. O nosso Judiciário funciona para quem tem recursos e poder, para o resto, quando muito, a letra da lei.
Quem é observador, pode notar que nestes novos documentos, inadvertidamente esquecidos (??) e facilmente encontrados pela PF, que motivaram a re-condução do Sr. Daniel Dantas à cadeia, parecem se referir a pagamentos efetuados a pessoas com nomes fictícios, mas citam eleições, despesas de campanha, material de propaganda e até um personagem denominado "Letícia", quem seria esta misteriosa "Letícia"? Pensem um pouco que perceberão uma coincidência, deixo a vocês especularem o assunto. Isto me parece uma clara mensagem do acusado, aos que foram por ele patrocinados: "Não vou afundar sozinho".
Ele pode ser tudo menos idiota como todos nós, nada vai acontecer com ele, fiquem tranqüilos.
QUEM NÃO VOTA NÃO PODE RECLAMAR.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Falta de foco

Não tenho nenhuma formação sociológica, talvez apenas um pouco de bom senso, o que vemos acontecendo nos últimos tempos, cria dúvidas até ao mais desatento leigo. Vemos nosso povo unir-se com uma força e convicção espantosa, quando ocorre algum evento futebolístico, tal como a final da Copa Libertadores, até os que não torcem para o Fluminense, vibram e torcem por ele......
Que bom se isto ocorresse, quando há o interesse público envolvido. Mas é inútil, isto não vai ocorrer, num horizonte visível. Quando policiais cometem o ato absurdo de fuzilar uma criança de 4 anos, há alguma grita de protesto, comparável ao evento da final futebolística? Viu-se alguma grita geral contra o medíocre treinamento e formação de nossas polícias?
Certamente não. Quando o presidente diz que nem precisamos nos preocupar com o ressurgimento da inflação, qual é a reação? Apatia. Ele sabe muito bem que a situação é muito perigosa, principalmente porque temos pouco controle sobre este ressurgimento, entretanto estamos num ano eleitoral e falar de inflação, atrapalha campanha política.
Enquanto estas declarações forem para "inglês ver" e os responsáveis pela política econômica continuarem a tomar providências para, menos mal. O que observamos porém, é uma hábil manipulação da propaganda, pelo presidente mais competente neste quesito que já tivemos. Ele e seus "companheiros" sabem, como ninguém antes "na história deste país", como manipular as informações e a propaganda. Duda Mendonça foi um competente professor....
Enquanto isso vivemos uma confusão social, onde é difícil entendermos, pelo menos para nós leigos, onde está o foco a ser perseguido, para nos tornarmos realmente um país sério.
Convivemos com sinais conflitantes, onde aparentemente a impunidade parece estar diminuindo, com prisão de figuras influentes do "establishment" financeiro (Daniel Dantas), ou onde vemos velhas raposas (Maluf) ressurgindo. Nunca a Polícia Federal apareceu tanto na mídia, com planos investigativos espetaculares, prendendo pessoas, antes intocáveis. Qual a real causa disso? Alguns dizem, que isto se deve a um ministério público jovem e descompromissado com a corrupção. O problema, é que algumas horas, dias ou semanas depois, a maioria é solta. Jogo de cena? Inquéritos mal feitos? Juizes não tão descompromissados com a corrupção? Será que o Cacciola vai ganhar um novo "habeas corpus", para fugir de novo para a Itália? Se ele fosse inocente como alega, porque fugir?
O problema é que este ministério público, pode se transformar em uma espécie de Inquisição, promovendo uma caça às bruxas, ou pior caçando, no futuro, sob encomenda dos mesmos que caçaram anteriormente. Algo parecido com o que aconteceu com os esquadrões da morte, no passado, quando inicialmente eliminaram criminosos, que não mereciam menos do que a morte, mas que depois passaram a usar este "mandato", para atender a quem pagasse melhor.
Quem controla efetivamente hoje, o que ocorre nesta aparente luta bem sucedida contra a corrupção? Lembrem-se que depois do anúncio das inúmeras irregularidades no PAC, o Presidente veio a público, diminuir a repercussão dessas investigações e uma boa parte dos inicialmente presos, já está nas ruas, talvez por coincidência, membros da "confraria dos companheiros".
Será que o Ministério Público, com toda sua independência, vai questionar o Presidente?
Enquanto isso presenciamos esta discussão ridícula, sobre o direito de alguns larápios se candidatarem a cargos públicos, para nos representarem no congresso nacional.... É inacreditável que estes políticos, continuem fora do alcance das leis, tão facilmente aplicadas no resto da população.
LEMBREM-SE DAS ELEIÇÕES, QUEM NÃO EXERCE O DEVER DO VOTO, NÃO PODE RECLAMAR DE NADA.

sábado, 14 de junho de 2008

A ética inutil

Já comentamos sobre as considerações éticas deste nosso governo. Tive a oportunidade de ver alguns trechos do depoimento da ex diretora da ANAC, ela aparentemente se preparou para o depoimento, em nenhum momento pareceu titubear, quando questionada pelos parlamentares da "Base Governista", mas isso não foi o mais importante. Foi interessante ver como se fazem os macro negócios neste governo, onde não se poupa esforços, em favorecer esta ou aquela empresa. Este favorecimento é realmente escancarado, não há sequer a preocupação em disfarçar práticas que poderiam escandalizar uma pequeníssima parcela de Brasileiros, que de qualquer maneira, devido ao seu número, se nivela por baixo como mais alguns dos idiotas que compõem o eleitorado. Quem se importa se perceberem que a Varig foi só uma ferramenta para levantar fundos para os "companheiros". Daqui a pouco, vamos tentar descobrir como nos tornarmos "companheiros" também.
É patente o desprezo que certos membros desta "base de apoio", como o senador artificial (o famoso suplente) Wellington Salgado, aquele da cabeleira com aparência suja, que escarnece os seus ouvintes, certo de que ninguém se exclamará com suas idéias e conceitos.
O Presidente deixou claro, por suas declarações, o que pensa da ética em episódios tais como o aporte de capital de uma operadora de telefonia, para a empresinha de seu filho, para a viabilização dos negócios intermediados pelo seu compadre, que cedeu a casa em que morou por longos anos. Um dia isso teria de ser pago não?
Nada disso importa, os seus eleitores nem sabem ou entendem o que se passou neste episódio da Varig. A única coisa que enfraquece o depoimento da ex diretora, é a evidente incompetência com que ela e seus pares, por sinal postos lá pelo Presidente e o seu partido, administraram a ANAC, culminando com as tragédias e o caos aéreo de algum tempo atrás. Ela pelo menos teve competência, para se preparar para o depoimento constrangedor, não para o governo, o Presidente e seus "companheiros", mas para nós que assistimos impotentes, a esta demonstração de como somos considerados idiotas e totalmente irrelevantes. O desprezo que sentem por uma suposta "elite" é tão grande, que registraram fotograficamente a comemoração da conclusão da compra da Varig. Para onde será que parte do lucro, da revenda da mesma, foi parar? Não me atrevo a especular, façam isso vocês.
Vocês realmente acreditam que o dinheiro deste renascimento da CPMF, se for aprovada, vai mesmo para a saúde? Já ha sinais que vão deixar para depois das eleições a sua votação, os "congressistas" seriam mais maleáveis depois disso. Eu particularmente, acho inútil esse adiamento, idiotas dificilmente seriam influenciados por isso. A mídia, em parte financiada por bancos oficiais, vão fazer algum barulho, mas sem expor o suficiente o assunto, quem se importa com alguns centavos? Afinal já relegamos ao passado as moedas de um centavo, sumiram de circulação, um primeiro sinal de deterioração do valor da nossa moeda. Já viram este filme antes?
Enfim, nós escolhemos sermos considerados e tratados como idiotas, convivamos com isso, assistamos a esses espetáculos deprimentes, aos discursos desavergonhados de um presidente que todos nós lá pusemos, sim todos nós sim e duas vezes, lembram-se? A segunda vez depois do mensalão e outros tantos escândalos. (Escândalos?).......
LEMBREM-SE EM OUTUBRO TEMOS ELEIÇÕES, LEMBREM-SE QUE COLHEMOS O QUE SEMEAMOS.

sábado, 31 de maio de 2008

Vitória do bom senso

Às vezes as coisas dão certo. Nesta quinta feira, vimos a vitória do bom senso. É impensável que fosse tolhido, o desenvolvimento de pesquisas tão importantes para o desenvolvimento humano, como o uso de células tronco e sua utilização no desenvolvimento de curas a doenças, ou danos de acidentes, atualmente sem nenhuma possibilidade de cura ou melhora.
É um marco na direção de consolidar, nosso estado como laico. Tenho pesquisado ha algum tempo, a existência de algum estado não laico e desenvolvido tanto social como tecnologicamente e confesso que não encontrei nenhum, minha pesquisa pode ser falha, se assim o for, agradeço ser informado.
Na verdade acredito que o desenvolvimento tecnológico e a religiosidade, trilham caminhos diversos e que não deveriam ser conflitantes. Os dogmas religiosos, em principio, são voltados para o bem, os desvios são por conta dos seus supostos fiéis, vide os islamismo, tão em evidência nos dias de hoje, o Korão em nenhum lugar faz a apologia do terrorismo, do suicídio, das barbaridades que são cometidos em seu nome, apenas supostos seguidores interpretam o mesmo, às suas conveniências políticas.
A discussão estéril e sem sentido, sobre se as células tronco são ou não uma vida em curso, é tão importante como discutir sobre o sexo dos anjos. A mim me parece que esta discussão tem o propósito, de por em evidência os vários movimentos religiosos, ávidos por auto divulgação na mídia. Deus, como é descrito, em sua infinita misericórdia se preocuparia muito mais com o sofrimento dessas pessoas, com doenças sem cura, deficiências passíveis de correção, do que com essa defesa obscurantista, sobre qual seria o sexo dos anjos. Além disso Ele, em sua infinita sabedoria, poderia estar por trás desses cientistas, viabilizando uma forma de amenizar ou eliminar tanto sofrimento, isso não estaria mais dentro da imagem, de uma entidade como Ele? Porque não acreditar, que Ele mesmo não estaria por trás de todos esses gigantescos passos, em direção a uma vida melhor?
Eu não escondo meu agnosticismo convicto, mas respeito as crenças dos que de mim discordam. Eu firmemente acredito, que esta é a chave para a convivência pacífica entre as pessoas. No passado, os conflitos tinham origem em diferenças de crenças políticas, como a bipolarização da guerra fria, com o desaparecimento desta, voltou-se para o conflito entre crenças religiosas, muito mais perigoso.
Torçamos para a iluminação e inspiração desses cientistas fantásticos, seja por qual entidade for, o importante é o resultado final, que resulte numa qualidade de vida melhor para milhares de sofredores mundo afora.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Novo assalto

Lá vamos nós de novo, como nunca canso de dizer, é inacreditável a passividade com que baixamos a cabeça a cada investida do governo em nosso bolso. Tentam de novo recriar a CPMF, para a saúde.....DE NOVO??????? Será que alguém ainda acredita que este dinheiro vai para a saúde? Aquela corja, que aliás foi por nós, lá posta, nunca vacila em aprovar novos impostos, quanto mais dinheiro disponível, maior a facilidade para desvia-lo para os próprios bolsos.
Como é possível que alguém ainda acredite, no que fala o governo e os políticos por ele comprados, para formar a sua "base de apoio". A cara de pau de alguns deles nas entrevistas, é acintosa. O argumento agora é que a alíquota é pequena, muito menos que a anterior, lembram-se do passado? Começou pequenina, quase não incomodava, depois foi sendo aumentada, aumentada.....
Eles tem razão e direito de julgar, a massa de eleitores, completamente IDIOTA. Afinal foi esta mesma massa, que os pos lá, que provavelmente reconduzirá um bom número deles de nova para lá.
A pressa é compreensível, quanto mais rápido, menos alarde junto à massa IDIOTA, assim quando dermos conta o fato está consumado.
ÀS VEZES DA VONTADE DE DEIXAR PRA LÁ, MAS SE TUDO ESTÁ COMO ESTÁ, É PORQUE ASSIM FIZEMOS POR DÉCADAS A FIO. LEMBREM-SE DO QUE ESTÁ OCORRENDO, QUANDO FOREM VOTAR EM OUTUBRO, PROCUREM ACHAR NOVOS "JEFFERSON PERES".

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Perda

Ouvi no rádio hoje, notícia do falecimento do grande Senador Jefferson Peres, um dos pouquíssimos políticos com "P" maiúsculo. Que sorte do "deputado" Paulinho da Força Sindical não? Escapou de se justificar perante este baluarte da moralidade e da ética, sobre sua supostas (supostas?) falcatruas na manipulação de empréstimos do BNDES.
PENSEM NELE COMO EXEMPLO, QUANDO VOTAREM NAS ELEIÇÕES QUE SE APROXIMAM.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Dignidade

Como é raro a dignidade, entre os protagonistas do cenário político. Nesta semana presenciamos um raro episódio de um afastamento de ministro, de forma digna. A Ministra Marina Silva, mostrou que há um limite, para uma pessoa correta e digna, suportar a convivência com pessoas indignas e amorais, tais como as que compõem este governo.
Acredito mesmo que a permanência dela no cargo, se deveu mais ao seu idealismo e à esperança de atingir pelo menos parte de seus objetivos, que por qualquer apego ao poder, limitado é verdade, de seu cargo. Este é um ministério muito mais mímico, do que efetivo, existe porque o resto do mundo, o que importa pelo menos, tornaria nossa convivência com a comunidade internacional, extremamente difícil, pois a percepção da importância da preservação do meio ambiente, é cada vez mais evidente.
Nosso presidente, dentro de sua percepção (inteligente por sinal), sabe que para ser aceito por seus pares, no cenário mundial, tem de pelo menos dar a impressão de que se importa com o assunto e para isso Marina, com seu merecido prestígio de lutadora, foi muito útil. O presidente só não está acostumado a lidar com pessoas íntegras, por isso foi pego no contra pé. A ministra acertadamente escolheu o momento certo para sair, justo no momento em que recebíamos a visita da Primeiro Ministro da Alemanha, uma das mais fortes defensoras da preservação do meio ambiente.
Faz bem, ver uma pessoa de origem humilde, sofrida, vinda de uma das mais pobres regiões do país, falar um português impecável, sem um deslize perceptível, coisa rara em nosso semi analfabeto meio político. É de se admirar uma pessoa que venceu tantas barreiras e pelo próprio valor e atingiu o reconhecimento da sociedade. Ela é uma prova viva que não é necessário cotas racistas para atingir um bom grau de instrução e conhecimento, necessário sim é distribuição de renda e com a necessidade de mão de obra qualificada que temos, para desenvolver o país, ao empresário pouco importa a cor ou raça, o que ele quer é um trabalhador eficiente, qualificado e produtivo.
Pena existirem raríssimas Marinas da Silva, nesse governo medíocre.
LEMBREM-SE DAS ELEIÇÕES, PROCUREM NOVAS MARINAS DA SILVA.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Mímica

O finado Marcel Marceau, mímico dos mímicos, ficaria orgulhoso se observasse detidamente, os atos de nosso governo federal. Ha algum tempo, foi criado um tal de PAC (programa de aceleração do crescimento), um monumental sistema de mímicas, destinadas a fazer-nos crer que o governo teria a real intenção de "acelerar" o crescimento do país. Ha quem diga que existem graves deficiências gerenciais, na administração deste monumental plano. Não creio ser este o caso, simplesmente não acredito que o governo seja tão incompetente e não consiga gastar o dinheiro que ele mesmo alocou a seus planos. Ele separou sim, os bilhões de reais destinados a esses projetos, só não tem a menor intenção de gasta-los nisso, vai gasta-los em programas assistenciais camuflados, destinados a garantir os votos daquela parcela da população que realmente está usufruindo essa assistência.
É só observar as obras que aparentemente estão sendo tocadas, são aquelas com exposição na mídia, como as da favela da Rocinha, aquelas que não são percebidas pela população, mas extremamente importantes para o desenvolvimento da infra-estrutura, vão sendo empurradas pela barriga do governo. É uma nova forma de propaganda, desenvolvida pelos "assessores"do presidente, une o útil ao agradável, mantém o "dinamismo" do governo na mídia e provê fundos para seus "investimentos" sociais. Um ou outro comentarista político ou econômico procuram chamar atenção para o fato, sem sucesso, a mídia, principalmente a televisiva, objeto de várias benesses financeiras do governo, não tem a mínima intenção em expor o fato.
Como já disse algumas vezes, Lula é o presidente mais hábil, que tivemos até hoje, só não vê quem não quer.
PENSEM NAS ELEIÇÕES, VOTEM CONSCIENTEMENTE.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Diversionismo

É mesmo, nunca na história desse país, tivemos um governo, ou governante, mais hábil em se esquivar de embaraços. Além disso tem a sorte das tragédias ocorrerem em ocasiões convenientes, de modo a desviarem a atenção do povo, dos seus atos ilegais, sub-reptícios e desonestos. Eu não agüento mais a cobertura da tragédia daquela menina que aparentemente, pelo menos, foi assassinada pelos pais.
Como na Roma antiga, o povo quer diversão e comida (panis et circenses). Diversão ele tem nas tragédias de ocasião e comida, apesar dos preços, ele consegue satisfatoriamente, em conseqüência de uma política de distribuição de renda, forçada ou não, relativamente bem sucedida, pelo menos se comparada à de governos passados.
Além de tudo isso, sua oposição, salvo raríssimas exceções, é de uma incompetência invejável. Na audiência de Dilma, o Senador Agripino Maia, a transformou instantaneamente, numa mártir da liberdade. Eu sou contemporâneo da mesma, vivi os anos nebulosos da nossa, afortunadamente, medíocre ditadura (medíocre se comparada com as de nossos vizinhos). E particularmente, apesar de ter convicções políticas diametralmente opostas, às da Ministra, a admiro pela coragem de lutar abertamente por suas convicções, ao contrário de outros companheiros da mesma, que lutavam ao lado de uma garrafa de uísque.....importado. Além disso, se a ministra é culpada, pelo "dossiê", aparentemente o fez por razões políticas e não corruptas. Perdeu-se portanto uma oportunidade de ser exposto um esquema de salários indiretos, através de "cartões corporativos". Além disso no dia seguinte à audiência da ministra, um órgão de seu ministério descobre o responsável (leia-se "boi de piranha"), conveniente não? Isto só demonstra o quanto os detentores do poder atualmente, nos consideram idiotas. Difícil culpa-los por isto não?
É difícil que a grande massa do povo que ouve um presidente, que fala uma língua compreensível para eles, deixe de se enlevar pela sua retórica, sua percepção disso transcende às orientações de seus "assessores" especializados, ele não precisa dos mesmos para nada, além de escrever discursos que versem sobre algum assunto, do qual ele não tem qualquer conhecimento e que de qualquer modo é irrelevante à sua permanência no poder. Será possível que os membros de nossa "elite", não enxergam isso? Eu certamente não sou tão capaz, que seja o único que perceba este fato, na verdade acredito horrorizado, que caminhamos a passos largos para a viabilização de um terceiro, ou outros, mandato.
Para isto, esta constante exposição das desgraças do dia a dia, é extremamente útil, quem se importa com um terceiro mandato, frente às lágrimas da mãe que perdeu a filhinha, em pleno Fantástico, o Show da Vida?
Acho que se Bush, tivesse Lula no seu staff, a guerra do Iraque passaria despercebida e olhe que com a quantidade de furacões nos EUA, tragédias não faltariam para isso.
LEMBREM-SE DAS ELEIÇÕES, VOTEM COM CONSCIÊNCIA DO QUE ESTARÃO FAZENDO.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

O Fantasma

Ultimamente tenho sido acometido por calafrios, é só prestar atenção nas entrelinhas (às vezes, nem tão nas entrelinhas), dos discursos de nosso presidente. Quantas vezes você ouviu-o negar a possibilidade de um terceiro (quarto, quinto.....) mandato? Tantas vezes quanto o faz, tantas ele fala na dificuldade, de conseguir fazer o que precisa, em dois.....
A cada dia que passa, me convenço que o político mais hábil, que tenho conhecimento em nossa história, se revelou na pessoa de um semi analfabeto, que nunca deve ter lido um livro completo na vida, mas que tem uma infinita capacidade, de aprender a arte da política, observando o que fazem tanto seus adversários como seus aliados.
Ele aprendeu o óbvio, que nem luminares do nosso espectro político parecem perceber, ou pelo menos não demonstram saber, que é ganhar o apoio, de quem realmente sustenta a manutenção do poder, os conglomerados (establishment) financeiros e industriais, que em última instância financiam e provêem o sustento físico (empregos, bens de consumo, alimentos) de qualquer regime, seja qual for o seu ideário político.
Porque tudo parece dar certo para esse governo? Uma certa dose de sorte existe, mas isso é só um fator acidental, o que realmente tem influenciado, é a visão correta do presidente, que só a estabilidade econômica, iniciada no governo anterior, manterá a sua popularidade em níveis tão altos. Esta popularidade é sustentada e constantemente divulgada, pelos conglomerados que o sustentam. Quando a CNT (Confederação Nacional do Transporte) patrocina constantes pesquisas que evidenciam esta popularidade (as outras confederações, Febraban, CNI preferem manter uma certa discrição), está fazendo uma propaganda de valor inestimável. Para quem o apóia é uma confirmação do acerto de sua escolha, para quem é contra, da uma idéia da inutilidade de combate-lo.
É inegável que a situação geral do país melhorou, os resultados na área econômica são reais, o que então estou eu fazendo, sendo sempre do contra, perguntariam. Já disse no passado que reconhecia um certo grau de preconceito, mas o que realmente me move é o medo do que está por trás de tudo isso, medo este que aflorou quando me dei conta do que realmente estava por trás do mensalão, o primeiro e mais sério escândalo.
O grande fantasma, é a manutenção da ignorância das grandes massas, através da manutenção de um sistema educacional medíocre, mola mestra da manutenção do país nesta penúria cultural, chave do sucesso de qualquer regime, mantido pelos votos de uma maioria que se contenta, com o mínimo necessário à sua sobrevivência.
A democracia é realmente um sistema imperfeito, mas ainda não descobriram nada melhor, temos de evoluir fazendo o povo se indignar, com o esbulho do seu dinheiro ganho tão suadamente, ele nem percebe que trabalha mais para o governo que para si mesmo. Sustenta estes movimentos dos "sem alguma coisa", como podemos ser contra estes movimentos? Afinal eles tem direito a ter alguma coisa, não? Vocês vão sentir o que isto significa, quando um "sem alguma coisa", achar que vc tem aquela "coisa" que está faltando a ele.
LEMBRE-SE DOS "SEM ALGUMA COISA", QUANDO VOTAREM NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES......

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Frustração

A cada dia que passa, vemos a mídia divulgar notícias, de fatos avassaladores de corrupção, nos mais diversos níveis da administração pública, direta e indireta. Pouquíssimas tem seu andamento seguido, porque isso?
Quando comentaristas sérios, abordam esses fatos, parecem que as palavras atingem ouvidos moucos, poucas pessoas escutam e de indignam. Mesmo comentaristas com linguagem mais agressiva e acessível, como Jabor, ou Mainardi, não encontram eco em seus comentários. Mesmo que só metade desses comentários fossem procedentes, já seria um escândalo. Porque os acusados não processam os seus detratores? Alguns o fazem, poucos entretanto. Quem cala consente? A mim me parece que sim.
Então porque nada acontece? Porque a grande mídia, divulga estas denúncias, fatura em cima da audiência imediata e depois deixa morrer. Novas virão, para manter seus números no IBOPE. Porque quando ocorre uma tragédia, como essa da menina arremessada pela janela, a mídia dá cobertura incansável, "ad nauseam" sem largar a carniça? Porque somos masoquistas, adoramos uma tragédia, somos fascinados pela desgraça dos outros e esquecemos as nossas. Não encaramos a balburdia legal em que vivemos, como uma tragédia por si só. Além disso esta cobertura não fere interesses "maiores", como no casos de corrupção. Os eventuais interesses feridos, são limitados aos diretamente envolvidos, muitas vezes injustamente condenados pela opinião pública, como no famoso caso da Escola de Base em São Paulo. Já disse uma vez, que mesmo na tragédia o governo tem sorte, as atenções são desviadas dele, para outras muito mais palatáveis às grandes massas, atiçadas pela mídia marrom.
Uma tragédia como essa da menina atirada, é certamente repugnante, seja quem for o perpetrante, mas a vida é povoada de tragédias, é da natureza humana e independe da natureza e do viés político dos governos, estes sim capazes de causar grandes tragédias coletivas.
Quando vemos a grande mídia, discretamente de mãos dadas com o governo..... Lembram-se do Collor? Ele foi eleito pela mídia e em seguida apeado dele, pela mesma mídia que o elegeu. Nesse caso quem convenceu a mídia, a apea-lo do poder, foi o "establishment" financeiro/industrial, que ele julgou incapaz de desafiar seus milhões de votos (votos ora votos). Nosso atual inteligente e perspicaz presidente, observou isso na época. Por isso se dá tão bem, com quem realmente dita as regras no país.
Há uma saída? Sim há, é só desenvolvermos uma consciência coletiva, aquela que apeia do poder, qualquer um que transgrida ostensivamente, o padrão ético que comanda as ações públicas. Vejam o que acontece nos paises que possuem uma consciência coletiva, onde às vezes ações, para nós prosaicas e menores, expulsam políticos e burocratas, de seus cargos, rumo à desgraça pública, ocasionando às vezes suicídios, coisa impensável em nossa cultura.
Porém receio que isto dificilmente ocorra em nosso país. Não convém aos detentores do poder, nunca conveio, este governo que aí está, só difere dos anteriores, no desprezo ostensivo, que demonstra, pela ética, conceito este de difícil assimilação pelas massas, mais preocupadas com seus problemas imediatos de sobrevivência, com uma certa razão admito.
DENTRO DE ALGUNS MESES TEREMOS ELEIÇÕES, VOTEM COM RESPONSABILIDADE.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Vitalício

Há alguns dias, fui questionado do porque de minha aversão a LULA, parei então para refletir na resposta adequada e aí tive que meditar mais profundamente.....
A raiz de minha aversão, no passado, devo reconhecer, era um certo preconceito de que uma pessoa ignorante não seria adequada a gerir um país como o nosso. Num primeiro momento, depois de sua eleição, me encontrei gratamente surpreso, afinal ele teve o bom senso de não jogar os inegáveis (até para ele) avanços na estabilização de um renitente gigante instável, chamado Brasil. Tive de reconhecer que ele, ao contrário de Sarney, um suposto intelectual nordestino (??), vulgo Marimbondo de Fogo, literato, membro da Academia Brasileira de Letras, entendeu que teria um lugar na história (nunca antes, na história deste país....) como um Lech Walesa bem sucedido, feito este admirável por si só.
Mas durou pouco esta impressão auspiciosa. Veio então o escândalo do Mensalão, Waldomiro Diniz, José Dirceu e por ai foi....
Apesar do argumento que todos fazem o mesmo, que sempre fizeram, etc. antes faziam com um certo cuidado, com um certo pudor, evitando serem expostos demais na mídia, mas os tempos haviam mudado e o semi analfabeto, que sequer lê gibis, tinha uma visão perfeita da grande massa da população, de onde vinha e que proporcionou-lhe uma visão perfeita, do que importa ou não para eles. Ou seja (outra frase predileta do presidente), proporcione um pouco de comida e um troco mínimo no bolso deles, que o resto perde importância. Pouco importa se acusarem o Presidente das maiores falcatruas, se ele negar e mantiver o assistencialismo, ninguém vai sequer prestar atenção nas denúncias.
Essa visão foi se confirmando e deu características, ao seu revestimento de Teflon, que assombraram até mesmo à Dupont, inventora desse material. Nada mesmo, adere ao Presidente, assim a ele tudo é permitido e se as coisas continuarem nesse compasso, teremos um Presidente Vitalício, nisso ele é infinitamente mais esperto que Chaves, que se acha o mais esperto de todos. LULA o utiliza como balão de ensaio, para ver o que deve fazer e o que não deve.
Porque da minha aversão? Eu ainda acredito que a alternância do poder é um fator imprescindível ao exercício da Democracia, que com todos os seus defeitos, ainda se mostra o único regime político com possibilidade de dar alguma qualidade de vida ao povo.
Minha aversão mais se aprofunda, quanto mais vejo sinais, que o desprezo dele e sua camarilha, por todos nós, cresce a cada dia. Haja visto os elogios, a dois indubitáveis escroques da nossa política, a alguns dias atrás. Ele sabe que quem o re-elegeria, pouco se importa com essas figuras, desde que não mexam com suas bolsas ajuda.
O mais perturbador, é que a mídia, em sua grande maioria, teve seu silêncio comprado, com benesses financeiras (vide os financiamentos de pai para filho, que a Globo conseguiu para sair de seus enormes apertos financeiros) e se grandes conglomerados da mídia, podem ser sutilmente silenciados, que diria dos pequenos, a mídia na Democracia, é uma das únicas ferramentas de pressão, fora as eleições, contra os desmandos de um governo autoritário e corrupto. E a mídia radiofônica e televisiva, tem um papel preponderante num país onde há alunos na terceira série, que ainda não foram alfabetizados, como vimos em reportagens na televisão.
É, o Presidente e sua camarilha, tem definitivamente, um plano claro de se perpetuar no poder, sem fazer grandes marolas, sem chamar atenção. Definitivamente, a cada dia que passa, cresce a minha aversão, em meio a calafrios......
LEMBREM-SE, NESTE ANO HÁ ELEIÇÕES, VOTEM COM UM MÍNIMO DE CONSCIÊNCIA.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

CPMI

Nunca pensei que um dia passasse a ser espectador da TV Senado/Câmara, hoje em dia quando me sobra um tempo, passo por lá para ver se vejo alguém, desempenhando aquilo por que é pago por nós.
Pois ontem tive o prazer de presenciar, um breve discurso do Senador Sérgio Guerra, na CPMI dos cartões corporativos. Tenho medo de elogiar políticos em nosso país pois em geral, posteriormente aparecem tantos indícios, de que o mesmo é um safado, que sei que vou me culpar, pela minha já habitual ingenuidade.
De qualquer maneira, o citado senador, disse mais ou menos o seguinte:
Se há um "banco de dados" sobre as despesas do ex presidente e ex primeira dama, que já é público, onde até agora não foi apontado nenhuma irregularidade significativa, porque continuar a insistir que os dados de gastos da atual presidência, permaneçam "sigilosos"? Se teimam em manter sigilosos, é porque tem algo a esconder, e se não for o caso, porque não abri-los para evitar esta suspeita? O ex-presidente, já abriu mão de qualquer direito a sigilo de suas contas, nos cartões corporativos, numa demonstração de que não tem nada a esconder, portanto quem não deve não teme.
Esta lógica, aparentemente não é assimilada pelo cidadão comum, que está mais preocupado com o próprio dia a dia, além de não querer arriscar a interrupção, das inúmeras bolsas que complementam sua renda.
Esta CPMI, não vai dar em nada porque é dominada pela "base" de apoio do governo, portanto não teremos acesso aos gastos da atual "Primeira Dama" (e que dama, hein?), que deve ter realizado os famosos gastos que afetam a "segurança nacional". Além disso os volumes sacados em "espécie", são significativos e difíceis de serem justificados.
Enquanto o governo mantiver o atual volume de recursos, para o assistencialismo, vamos assistir a crescentes índices de popularidade do nosso "Presidente", que já se sente a vontade de usar o seu Vice, para dar a idéia de um terceiro mandato. Podem ter certeza que esta "idéia", está vivinha nos planos dos Bolcheviques Chavistas que o cercam.
Como curiosidade, o "Campo Majoritário" (suporte de José Dirceu) é traduzido como "Bolchevique" em russo e a "Base" (de apoio do governo) é "Al Qaeda" em árabe..... Coincidência não?
LEMBREM-SE AS ELEIÇÕES SE APROXIMAM, ELAS SERÃO O TESTE FINAL, PARA O LANÇAMENTO DE UM TERCEIRO MANDATO!!!!!!

segunda-feira, 31 de março de 2008

Desprezo

Nesta semana que passou, as águas de março fecharam o verão e nós pudemos ver como somos desprezados, como povo, eleitores ou o que mais podem nos considerar. Apenas confirmou-se que somos considerados idiotas mesmo.
Nosso "presidente", embalado pela crescente popularidade, por esta horda de idiotas em que nos encontramos, fez uma defesa eloqüente daquelas duas figuras do nosso folclore político, Severino Cavalcanti e Renan Calheiros. Lembram-se deles? Sim eles mesmos, o do mensalinho e o adúltero esperto.
Paralelo a isto, corre solto o escândalo dos cartões corporativos. Não é fantástico tudo isso? É inacreditável como somos um povo incapaz de se indignar, com o que quer que seja, de vez em quando ficamos assuntados com algum crime bárbaro, com uma "pequena" epidemia de dengue, mas isso é porque parece ser mais provável sermos atingidos.
A mídia ajuda um pouco a expor tudo isso, mas parece estar sempre vinculada ao interesse imediato do assunto, no momento em que o mesmo cai um pouco no interesse que gera audiência, venda de revistas ou jornais, ele é abandonado ao esquecimento. Não é à-toa que o governo suspira aliviado quando algum criminoso rouba a cena praticando um crime espetacular, ou a natureza colabora com alguma catástrofe de grandes proporções.
Mas o que se destaca é o DESPREZO, por todos nós, manifestado nos atos deste governo, que pouco se importa em manifestar apreço por colaboradores que comprovadamente, se aproveitaram de suas posições na estrutura do Estado, para roubar, traficar influência, praticar atos ilícitos. Contam com a fraca memória, característica de nosso povo idiota.
É de virar o estômago, contemplar o sorriso de deboche, estampado nas faces de Severino e Renan. Eles parecem estar dizendo, "Estão vendo? Eu disse que não dava nada não", e como sempre eles tinham razão.
LEMBREM-SE ESTE ANO TEM ELEIÇÕES, PENSEM ANTES DE VOTAR!!!!!!!!!

quarta-feira, 26 de março de 2008

Preconceito

Porque o governo Lula é tão significativo e polêmico?
Eu não tenho a pretensão, de ser um luminar que enxerga mais, que muita gente mais capaz que eu, com formação em ciência política, com muito mais vivência política, matéria da qual sou um mero diletante interessado. Digo isso para calar um eventual leitor que, com uma certa razão, vai me julgar um pretensioso.
Em minha opinião, Lula desperta paixões, prós e contras, pois ele é surpreendentemente hábil politicamente, dada sua experiência política como líder sindical, que é muito eficiente como formação para o exercício da política, assim como o Kart o é pra a formação de pilotos para a fórmula 1 e acreditem, ele é um Schumaker da política. Eu acredito que seus colegas políticos, que se julgavam muito mais espertos, não se conformam com sua desenvoltura.
Ele é totalmente amoral, tal como seus pares, ele é extremamente hábil em se esquivar de problemas que possam compromete-lo, sabe como ninguém falar a língua do "povo". Fala de uma maneira que se for contestado, transforma-se instantaneamente em uma vítima do preconceito das "elites".
Engraçado, eu estou longe de participar de qualquer elite que seja, eu sou um simples brasileiro que teve a sorte de ter um pouco mais de instrução, do que o resto dessa população ignorante, que sustenta maravilhada, seu benfeitor.
Eu não me considero uma pessoa preconceituosa, mas não nego que me irrita ouvi-lo falar, no seu português claudicante, como 95% do resto da população, daí talvez a facilidade com que consegue a atenção das massas.
Ele e sua corja, sabem muito bem onde gastar o dinheiro público, sabem que enquanto esse dinheiro for gasto em assistencialismo, vão ter uma massa de votos importantíssima. Daí pensarem antes em restringir o crédito para bens de consumo durável, que de mais a mais ainda estão longe da grande massa do povo, antes de controlar os gastos do governo com assistencialismo. Parecem ter hesitado e prosseguir nesta restrição, pois o "establishment" industrial, que o sustenta, rosnou raivosamente e ele que não é bobo, segurou seu patético ministro da fazenda, que como sempre desdisse o que havia dito. Até mesmo Lula, sabe que só o sustentáculo dos miseráveis não basta, ele é pragmático o suficiente, para preservar o seu sustentáculo material/financeiro, afinal ele inteligentemente criou condições para que seus patrocinadores tivessem lucros como nunca tiveram, nestes últimos seis anos. Alguém viu, neste período, a Globo ataca-lo, a Febraban ou a Federação das Industrias investir contra seu governo? Fora algumas críticas contra as taxas de juro, nada, no máximo silêncio.
Ele é um semi analfabeto, assim como 95% da população, mas é muito inteligente, o suficiente para usar o preconceito com que é tratado, a seu favor. Se não nos conscientizarmos disso, ele vai fazer o seu sucessor, para poder voltar ao poder, depois de um mandato tampão do mesmo.
Portanto estas eleições que se aproximam, são muito mais importantes do que parecem, são uma prévia do que vai acontecer nas eleições de 2010.
Esqueçamos o preconceito, levemos a sério quem merece ser levado a sério, votem conscientemente.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Ainda sobre Cuba

Volta e meia somos obrigados a ler e ouvir comentários sobre como Cuba é um paraíso. Tem gente que é cego porque se recusa a enxergar. Fidel teve seu lugar na história, num momento em que conseguiu derrubar uma ditadura corrupta, que vivia do sangue do povo cubano, até aí tudo bem, o mérito é inquestionável. Depois porém perece ter havido uma troca de seis por um quarto de dúzia.
Este discurso repetitivo da esquerda jurássica, é irritante. Principalmente quando sonham em implantar algo parecido com o "milagre cubano" aqui, como solução para a pobreza em nosso país, assim nivelamos todos pela pobreza, isto não funcionou em nenhum país, por isso todos os regimes comunistas caíram um a um, restando apenas Cuba, que sobreviveu só porque ninguém mais se importava com sua existência.
Acho que devíamos ouvir os próprios cubanos ao invés desses idiotas que fazem a apologia do fracasso. Com certeza temos desigualdades terríveis em nosso país, porém somos os grandes responsáveis, pela nossa displicência em exercermos a democracia, que nem nos importamos em compreender.
A democracia é o sistema político mais difícil de exercer, simplesmente porque é o único em que todos podem exerce-lo. Por exercer entenda-se, participar, ter consciência da coletividade, enfim tirar a bunda da cadeira e formar opinião, coisa que nesses sistemas ditos socialistas, não é possível porque só uma opinião vale, a do detentor do poder.
Se não estivéssemos em uma democracia, não seria possível expor certas "autoridades" e suas falcatruas, se conseguirmos exercer esta democracia concretamente, eles serão punidos também, além da exposição.
Estes ditos sistemas socialistas (comunistas na verdade) fracassaram porque não tiveram sucesso (não que tivessem esta intenção) em dar algum tipo de felicidade aos povos que subjugaram. Vá a Cuba sem espírito pré-concebido e converse com o cubano simples e veja se tem alguma esperança de melhorar de vida.

terça-feira, 4 de março de 2008

Laico?

Hoje vou variar um pouco de assunto, estou cansado de assumir a carapuça forçada de idiota. Está para começar o julgamento, no Supremo Tribunal Federal, sobre a constitucionalidade da Lei, que permite e estabelece as regras para pesquisa e desenvolvimento, do uso de células tronco no tratamento genético, de doenças e problemas de saúde insolúveis no momento.
Nunca escondi minha condição de agnóstico convicto, sempre me mantive neutro quanto aos conflitos dogmáticos inerentes à prática religiosa, seja qual for a religião. Sempre foi minha convicção, de que em princípio todas as religiões são basicamente boas, apesar disso não ter, para mim, o menor interesse. O que mudou foi a crescente influência das religiões, em assuntos essencialmente laicos, com as mais variadas interpretações sobre assuntos tais como, a definição do que é ou não é o ser humano , quando ele passa a se-lo e por aí afora. Isto começou quando se procurou definir quando uma pessoa estaria realmente morta, para fins de transplante de órgãos. Quantos morreram, na fila dos transplantes, devido a esta discussão estéril? Eles não mereceriam uma chance de sobrevivência? Deus, em sua infinita misericórdia, certamente concordaria em dar uma sobrevida ao desenganado. Pelo menos foi isso que sempre ouvi, enquanto fui submetido a uma educação religiosa, mal sucedida. Reconheço que é um assunto delicado.
Mas eu me pergunto, a definição física e real da morte, depende de conceitos religiosos? Quantos morreram porque não puderam receber transfusão de sangue, porque alguma religião condena, por razões que só ela pode entender, no tratamento de alguma doença, no tratamento de acidentados.
Temos tantas coisas mais importantes, do que estas discussões dogmáticas. No passado isto não chegava a ser um problema significativo, pois a influência, das diversas religiões e sua diversidade de conceitos e dogmas, era menos acentuada. Porém recrudesceu quando descobriram que as religiões tinham uma utilidade política enorme, como catalisador de conflitos e movimentadora de massas, gerando um combustível fantástico para alimentar guerras infindáveis, coisa em que as ideologias políticas perderam eficácia, como combustível de conflitos.
Andei estudando um pouco, nas últimas semanas e não consegui achar sequer um país, que misture religião nos assuntos políticos e que tenha qualquer tipo de sucesso, no desenvolvimento do bem estar de seu povo. Se estiver errado e houver uma só exceção, favor informar-me.
Continuo cada vez mais convicto, que religião e governo são imiscíveis e sobretudo creio firme e absolutamente, no direito que todos tem em escolher a religião que lhe aprouver, inclusive no direito inalienável de não ter qualquer religião. Se isso fosse um conceito respeitado, os conflitos do oriente médio já teriam sido extintos, por falta de combustível, Osama Bin Laden estaria criando cabras nas montanhas do Afeganistão, algumas doenças teriam cura, alguns transplantes teriam salvo mais desenganados e talvez estivéssemos vivendo um pouco melhor.
Se dependesse da Igreja católica, por exemplo, nosso planeta seria um prato e não uma esfera. Esperamos que a determinação dos cientistas e pesquisadores, não cedam ás tendências inquisidoras, que teimam em permanecer vivas.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

AVAL

Acredito que quase todo mundo assistiu, ao deprimente aval dado pelo nosso "Presidente", à ex "Ministra" da "Igualdade Racial". É inacreditável que um presidente, suposto guardião da retidão moral pública, endosse a lamentável apropriação do dinheiro público, por uma pessoa medíocre como ela. Medíocre? Sim medíocre, pois não soube valorizar um cargo sensível como o dela. Jogou fora, tudo o que dizem que ela fez, sim dizem, porque eu desconheço o que ela tenha feito de significativo. Se fez esqueceram de divulgar. Trabalhava tanto que passava os fins de semana fazendo "contatos". Quem assistiu a encenação de seu "pedido" de demissão, pôde ser, mais uma vez, ser chamado de idiota, ao ouvir suas ridículas justificativas, encerradas com um, "não me arrependo de nada que fiz".
A verdade é que esses constantes avais, dados pelo presidente aos seus "companheiros", diminuem a instituição da Presidência, já enxovalhada nestes últimos anos desde o famoso "Mensalão", aquele que ninguém sabia de nada.
Está definido então o padrão ético nacional, por um presidente que a cada dia revela a sua mediocridade neste quesito, ele nada mais é do que um militante trabalhista, que tem o seu mérito restrito à sua habilidade política, esta sim inegável. Sustentado na sua popularidade entre a maioria ignorante de nossa população, que se contenta em colocar no poder, políticos habilíssimos, porém na sua esmagadora maioria amorais.
ESTE ANO TEM ELEIÇÕES PESSOAL!!!!!!!!