sábado, 12 de julho de 2008

Desprezo

Este é o termo, que a absoluta maioria do nosso congresso, sente por nós, todos os cidadãos deste país.
Quando instalam no posto de Presidente do Conselho de Ética do Congresso, algo (sim, algo mesmo) como o deputado Sérgio Moraes onde, se só dez por cento do que consta no seu histórico policial/criminal for real, já é um deboche da palavra ética.
Já fui criticado por julgar que somos considerados idiotas, pelos políticos e membros do governo (não só, deste triste atual governo), mas acho que idiota é pouco. Como é possível calar frente a tal desatino? Tirando uns poucos artigos na mídia, ouviram algum protesto contra a indicação?
Ele deu uma entrevista onde se declara inocente (é claro!!!), e questiona como poderia estar enganando tanta gente por tanto tempo (oito mandatos!!!). É somos um bando de idiotas mesmo, reeleger algo como ele 7 vezes, é demais para minha cabeça.
Eis aí a resposta, que confirma o conceito que todos os políticos tem do eleitorado deste país, eles contam com a indiferença, o desinteresse, a omissão, o comodismo, enfim tudo que caracteriza e define a grande massa dos eleitores, que mais do que nunca tem o congresso e governo que merecem.
Este desprezo, hoje em dia, está se permeando por outros poderes, tal como o judiciário, que tem a fama de soltar o que a polícia prende. Eu acredito que há circunstâncias onde o judiciário tem justificativa para assim proceder, não sou advogado e reconheço a complexidade de nossas leis, porém esta fama tem algum fundamento. O caso mais patente no momento é a prisão de várias pessoas investigadas por crimes no sistema financeiro. Na minha opinião, "muito barulho para nada"de acordo com Shakespeare. O tempo passará, os grandes dificilmente sofrerão qualquer penalização, os pequenos punidos, para justificar esse barulho todo e a vida continuará como sempre, pois não haverá uma real indignação coletiva.
Indignação coletiva, isto é o que falta em nosso país, aquela indignação meio caótica, que assusta os detentores do poder, como ocorre em paises mais conscientes da própria cidadania. Talvez se isso ocorresse, o desprezo seria menor e os Sérgios Moraes da vida não estariam sequer no congresso.

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