quarta-feira, 21 de julho de 2010

Só temos futebol?

 

Copa no final, o país caminha novamente para normalidade, volta a produzir, retorna ao dia a dia. Será que nossa identidade como povo, se resume ao futebol? È compreensível que a grande massa da população se entusiasme, mas só isso é capaz de mobilizar este grande e numeroso povo? Dunga provou, do alto da sua arrogância, o que é ser uma quase unanimidade e em pouco mais de 90 minutos, transformar-se no vilão de cento e oitenta milhões de pessoas. Fomos eliminados, muitos choraram, ficaram infelizes, procuraram culpados, teceram comentários sobre as causas dessa eliminação, fizeram análises infindáveis sobre o assunto, algumas extremamente bem elaboradas, deixando a impressão que o dito que “são 180 milhões de técnicos de futebol”, pode ser exagerado mas não está muito longe da realidade.

Minha questão é, porque só no futebol? Porque o brasileiro pode ser tão objetivo, tão analítico es só o é quando se trata de futebol? Psicólogos, sociólogos e outros estudiosos devem ter opiniões sobre o assunto, mas a verdade é que este país seria muito diferente, se essa atenção fosse dedicada a outros assuntos, mais importantes aos próprios interesses desse mesmo povo. Já pensaram se ele se interessasse, com essa dedicação, ao que ocorre no dia a dia do congresso?

E se a demonização de um político corrupto, ou mesmo incompetente, fosse tão dinâmica quanto foi com Dunga, talvez nossa política fosse um pouco mais útil. Os Sarneys, Renans, Malufs e similares perpetuam-se na vida pública devido à falta de interesse da grande massa do povo, omissa, indolente, individualista, ignorante..... Este estado de coisas é conveniente à classe política, não só nos rincões do nordeste ou da Amazônia, mas nos centros mais civilizados, como São Paulo e Rio de Janeiro. Aliás os cariocas perpetuaram uma tendência suicida com seu voto tradicionalmente de “protesto”, com Brizolla e Garotinho. A qualidade do nosso ensino e instrução continuará pobre e fraco para impedir a participação da grande massa nas decisões políticas deste “gigante” eternamente adormecido. Lula se dá ao luxo de fazer sua demagogia internacional, para satisfazer seus assessores comunistas antediluvianos que vivem um desvairio internacionalista, com a sua “realpolitik” tupiniquim. Quem sabe Lula chegue a secretário geral da ONU....

Imaginem o que vai ser esse país, durante a realização da próxima copa.....

SEJAM CONSCIENTES QUANDO VOTAREM NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES, ESCOLHAM O CANDIDATO INDEPENDENTE DO LULA OU DO FERNANDO HENRIQUE, ERREM HONESTAMENTE, OU CONVICTAMENTE, PELO MENOS. SEJAM PELO MENOS CAPAZES DE COMETER OS PRÓPRIOS ERROS.

sábado, 3 de julho de 2010

Uma luz?

Uma luz?

Terá surgido uma luz? A recente decisão do TSE, sobre a aplicabilidade da “lei ficha limpa”, dá uma esperança para a moralização do nosso processo político eleitoral. Como mero mortal, não tenho como saber se há novos recursos jurídicos, que possam invalidar ou postergar esta decisão. Podem ter certeza que os ”fichas sujas” não vão cair sem luta, vão tentar preservar seu “investimento” a todo custo, é nosso papel tornar esta luta inviável, não é possível retroceder.

Nosso judiciário parece funcionar de tempos em tempos, como tenho formação em ciências exatas, é difícil entender como 2+2 nem sempre resulte em 4, como ocorre em nossas regras jurídicas. Ontem foi divulgado, que o “Tuminha” conseguiu um Habeas Corpus, para o computador dele???!!!! Uma juíza concedeu para evitar que a polícia federal possa examiná-lo. Como se vê, quando se tem poder ou dinheiro, até para computadores ela dá Habeas Corpus. Eu fico me perguntando, simplório como sou, será que não dá para desconfiar que se alguém não quer que examinem seu computador, é porque há algo que o incrimine no mesmo? Aí surge outra indagação, será que eu sou mais atento que uma meritíssima juíza? Certamente não.

Realmente esse problema da interpretação das leis, é complexo e não é exclusividade de nosso judiciário, então como solucioná-lo, ou pelo menos amenizá-lo? Sempre que a decisão depende de uma única pessoa, a possibilidade de algum equívoco, honesto ou não, existe. A criação do conselho nacional de justiça, parece ser um bom e honesto passo para minimizar esta possibilidade, entretanto vemos uma resistência passiva e ativa à sua atuação. Porque dessa resistência? A resposta a essa questão é óbvia.

Eu não tenho a pretensão de ser alguém que vá oferecer soluções a estes problemas, quero sim provocar a indignação, dos meros mortais contra a caixa preta que se chama judiciário onde, dito por um douto jurista que conheço e respeito, a lógica e a razão são as molas mestras dos códigos que são a base de todo e qualquer sistema jurídico. O conceito de justiça é a mola mestra de qualquer sociedade organizada, sem ela não há ordem, não há respeito nem organização. O cinismo representado pela máxima que a justiça vale só para os poderosos e os de posse, é um veneno que contamina nossa sociedade, que dá segurança aos espertos, aos sem caráter, sem ética..... Nosso presidente não tem demonstrado que se julga acima da lei, quando despreza as punições a que foi submetido por violar as leis eleitorais? Quais outras leis ele desrespeitou? Qual mensagem ele manda para o povo em geral? Quando ele assim o faz, dá aval para todos os seus seguidores e subordinados, a desprezarem as leis vigentes. Já perceberam quantos defensores tem a Constituição, quando algum político se vê pego em alguma situação ilícita? Quem elaborou essa constituição? Eles mesmos.

Por isso essa luz é tão importante, vamos ver se o judiciário vai deixar a lógica e a razão prevalecer, sobre os interesses dos políticos “ficha suja”, que detém o poder, de fato e econômico, mantido por um sistema eleitoral moldado a sua conveniência e por um judiciário equivocado e muitas vezes corrupto.

ESTÁ EM NÓS CONTROLARMOS O RESULTADO ELEITORAL, QUE DEPENDE DIRETAMENTE DE NOSSA AÇÃO E DO CONTROLE DO JUDICIÁRIO PELOS SEUS PARES CORRETOS E HONESTOS.

Por traz da copa

 

Nada como uma copa do mundo de futebol, para distrair a atenção do povo, permitindo aos políticos praticarem suas falcatruas, sem chamar atenção. Não que eles temam as reações dos eleitores, mas fica mais fácil evitar que a mídia, muito mais interessada na audiência dos jogos da copa, se interesse por esses assuntos, criando eventuais embaraços.

Foi por isso que os ínclitos senadores se animaram a votar a lei da partilha dos royalties do futuro pré sal, na calada da noite. Ao mesmo tempo o ministro do STF Tófoli, invalidou a investigação do ministério público sobre os anos de falcatruas na assembléia legislativa do estado do Paraná, sob o pretexto de que não era competente para tal....... É necessário ter competência para denunciar todo este descalabro??!!!

Podem ter certeza de que, nas entrelinhas, notícias aparentemente inocentes vão passar despercebidas, com pouco ou nenhum destaque pelos meios midiáticos, já que a audiência estará concentrada no desenrolar da copa. Ai se o Brasil não for, até pelo menos, à semi final.........

Alguém tem se dado conta do que acontece com a lei da “ficha limpa”? As tentativas de torná-la inócua, pelo menos para esta eleição, os argumentos “jurídicos” invocados para alterar os tempos dos verbos, mudando o sentido e a aplicabilidade da lei, são uma clara demonstração de como os políticos consideram seu eleitorado, um bando de idiotas e omissos, que estão mais preocupados com os jogos da copa, do que se os candidatos têm ou não uma folha pregressa limpa e honesta.

Enfim é a época de ouro, para esta casta superior praticar a única atividade que justifica o seu investimento para ser eleito, cuidar dos próprios interesses. Nós eleitores somos apenas os meios para atingir os fins. Isto só mudará quando nós eleitores, nos dermos conta desta condição absurda. Enquanto isso basta prestar um pouco (bem pouco por sinal) de atenção, nas declarações destes senhores. Agora que os pré-candidatos à presidência transformaram-se em “pós”, vão soltar mais o verbo e comprometer-se-ão mais concretamente com as suas propostas de campanha. Veremos muitos beijinhos, tapas nas costas, sorrisos amarelos, enfim aquela mímica característica da qual só os políticos profissionais são capazes, que deixariam Marcel Marceau boquiaberto. São nestas ocasiões que compreendemos a longevidade da carreira política de um José Sarney......

Por falar nele, viram suas negativas espantadas, dizendo que não sabia da recontratação da empresa que presta serviços ao senado, apesar de ser devedora da mesma instituição que a re-contratou? Com quem acham que Lula aprendeu, a jurar que não sabia de nada sobre os atos dos seus, carinhosamente designados “aloprados”? Afinal “aloprado” é um “traquinas”, um “travesso”, não um criminoso, ou simplesmente LADRÃO. Afinal quem se lembra dessas “traquinagens”?

A principal característica do político profissional, é a total falta de vergonha e os que não são “sem vergonha”, com raras exceções, tem curta carreira. Meu sonho, para esta eleição, é ver um baixo índice de re-eleições, pois são pouquíssimos, os que podem postular serem re-eleitos com justiça. Por isso, curtam sua copa do mundo de futebol, mas não deixem de prestar atenção no que ocorre no meio político, entre um jogo e outro e tenham certeza que os dias de jogo do Brasil, serão os preferidos para os golpes e falcatruas mais caprichados, pois ninguém estará pensando em outra coisa que os craques, Dunga, táticas futebolísticas, deixando de lado qualquer coisa que os distraia disso. Porque será que o amor próprio, a auto estima desse grande povo, se limite ao desempenho de nossa seleção de futebol? Nelson Rodrigues já dizia que ser campeão mundial de futebol, era o único paliativo para nosso crônico complexo de vira latas, o atenuante para a famosa “Lei de Gerson” (que deve ser um cara legal e correto, marcado para sempre por aquela infeliz propaganda). Esse povo sofrido, ingênuo, que equivocadamente se julga “essperrto”, não é páreo para os reais praticantes dessa odiosa “Lei”. O país do “jeitinho”, assim o é porque este é o aval, do qual os políticos precisam para se perpetuar no poder. Ninguém captou isso melhor que LULA, que suplantou todos seus professores, deixados para trás com facilidade, dando uma aula insuperável de prática política e podem acreditar, que aprendeu rápido com o fiasco de sua “negociação” Iraniana, com mais um pouquinho de prática vai dar aulas no exterior, quem sabe será o próximo secretário da ONU? Um futuro premio Nobel da Paz? Já imaginaram isso?

Cuidado com o que ocorre por traz da Copa..........

NÃO REELEJAM, VOTEM COM CONSCIÊNCIA, SOMOS OS ÚNICOS RESPONSÁVEIS PELOS DESCALABROS DE BRASÍLIA.