sábado, 3 de julho de 2010

Uma luz?

Uma luz?

Terá surgido uma luz? A recente decisão do TSE, sobre a aplicabilidade da “lei ficha limpa”, dá uma esperança para a moralização do nosso processo político eleitoral. Como mero mortal, não tenho como saber se há novos recursos jurídicos, que possam invalidar ou postergar esta decisão. Podem ter certeza que os ”fichas sujas” não vão cair sem luta, vão tentar preservar seu “investimento” a todo custo, é nosso papel tornar esta luta inviável, não é possível retroceder.

Nosso judiciário parece funcionar de tempos em tempos, como tenho formação em ciências exatas, é difícil entender como 2+2 nem sempre resulte em 4, como ocorre em nossas regras jurídicas. Ontem foi divulgado, que o “Tuminha” conseguiu um Habeas Corpus, para o computador dele???!!!! Uma juíza concedeu para evitar que a polícia federal possa examiná-lo. Como se vê, quando se tem poder ou dinheiro, até para computadores ela dá Habeas Corpus. Eu fico me perguntando, simplório como sou, será que não dá para desconfiar que se alguém não quer que examinem seu computador, é porque há algo que o incrimine no mesmo? Aí surge outra indagação, será que eu sou mais atento que uma meritíssima juíza? Certamente não.

Realmente esse problema da interpretação das leis, é complexo e não é exclusividade de nosso judiciário, então como solucioná-lo, ou pelo menos amenizá-lo? Sempre que a decisão depende de uma única pessoa, a possibilidade de algum equívoco, honesto ou não, existe. A criação do conselho nacional de justiça, parece ser um bom e honesto passo para minimizar esta possibilidade, entretanto vemos uma resistência passiva e ativa à sua atuação. Porque dessa resistência? A resposta a essa questão é óbvia.

Eu não tenho a pretensão de ser alguém que vá oferecer soluções a estes problemas, quero sim provocar a indignação, dos meros mortais contra a caixa preta que se chama judiciário onde, dito por um douto jurista que conheço e respeito, a lógica e a razão são as molas mestras dos códigos que são a base de todo e qualquer sistema jurídico. O conceito de justiça é a mola mestra de qualquer sociedade organizada, sem ela não há ordem, não há respeito nem organização. O cinismo representado pela máxima que a justiça vale só para os poderosos e os de posse, é um veneno que contamina nossa sociedade, que dá segurança aos espertos, aos sem caráter, sem ética..... Nosso presidente não tem demonstrado que se julga acima da lei, quando despreza as punições a que foi submetido por violar as leis eleitorais? Quais outras leis ele desrespeitou? Qual mensagem ele manda para o povo em geral? Quando ele assim o faz, dá aval para todos os seus seguidores e subordinados, a desprezarem as leis vigentes. Já perceberam quantos defensores tem a Constituição, quando algum político se vê pego em alguma situação ilícita? Quem elaborou essa constituição? Eles mesmos.

Por isso essa luz é tão importante, vamos ver se o judiciário vai deixar a lógica e a razão prevalecer, sobre os interesses dos políticos “ficha suja”, que detém o poder, de fato e econômico, mantido por um sistema eleitoral moldado a sua conveniência e por um judiciário equivocado e muitas vezes corrupto.

ESTÁ EM NÓS CONTROLARMOS O RESULTADO ELEITORAL, QUE DEPENDE DIRETAMENTE DE NOSSA AÇÃO E DO CONTROLE DO JUDICIÁRIO PELOS SEUS PARES CORRETOS E HONESTOS.

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