sexta-feira, 21 de novembro de 2008

A má fé persiste

No dia seguinte ao meu comentário, sobre a hipocrisia da discriminação racial em nosso país, é aprovado projeto que cria cotas para admissão nas universidades, destinadas a quem é aluno de escolas públicas, já que literalmente os luminares criadores da lei, reconhecem que o nível do ensino público é medíocre, o que diminui significativamente as chances dos alunos, dessas escolas, entrarem nas universidades.
Como já disse, a saída mais conveniente é deixar o nível desse ensino baixo (leia-se mais barato) e criar uma nova cota de privilegio, esta sim com intuito aparentemente "social" (leia-se votos).
É inacreditável a má fé, a hipocrisia, é a história de nosso país se repetindo, naquilo que tem de pior. Nossos políticos sempre farão tudo, para preservar suas verbas e emendas para fins puramente eleitorais e os idiotas (todos nós), que os elegem se dão por satisfeitos. Nenhum pais desenvolveu-se solidamente, sem antes destinar grande parte de seu orçamento à educação, vide o exemplo da Coréia. O problema é que as verbas para a educação, permitem pouca manipulação, comparadas às outras áreas, portanto a possibilidade de lucro para os seus gestores é menor.
Não consigo justificar o acesso para as universidades, por outra maneira que não a da qualidade do conhecimento, para que serve um universitário sem base sólida de conhecimento? Para ficar anos e anos tentando se formar e sair de lá um profissional medíocre em conhecimento técnico?
Esta é a base do desenvolvimento, que vai nos levar a um mundo melhor?
Acompanhem o que está acontecendo num país como os Estados Unidos, onde o congresso está relutando em despejar dinheiro do contribuinte nas montadoras de automóveis, apesar do risco ao emprego de milhões de americanos. Os políticos de lá, já sentiram que os seus eleitores não tolerarão ver seu dinheiro tapar os buracos causados por uma administração desastrada, de mega empresas que lá fazem verdadeiras "carroças", parafraseando alguém famoso aqui. Basta ver o investimento em tecnologia para transformar carros, que consomem combustível de forma absurda, comparados com os seus concorrentes Europeus ou Asiáticos. O medo dos políticos de lá é real, seus eleitores não aceitam que seu dinheiro, financie um bando de executivos só voltados para seu próprio lucro.
LEMBREM-SE QUE OS POLÍTICOS, QUE ESTÃO CRIANDO ESTE ABSURDO, FORAM POSTOS POR VOCÊ LÁ.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Discriminação racial

Ha um tempo atrás, comentei sobre o assunto, depois de ler alguns pareceres de gente muito mais importante e ,porque não, capaz do que eu. Porque então voltar a ele? Porque hoje me dei conta que estamos com parte do país em feriado do dia da "Conscientização Negra"(??).
Continuo achando, que se continuarem tratando o assunto, como estão fazendo, dentro de mais uma geração, vão realmente implantar o preconceito racial generalizado em nosso país.
O preconceito racial, não é algo com que se nasce, é uma coisa cultural decorrente da educação, a criança pouco se importa com a cor da pele de outras crianças, a menos que os pais incutam nela algum tipo de preconceito. Aliás o preconceito racial, sempre foi ameno aqui, devido à nossa pobreza cultural, à falta de instrução e educação, ignorância mesmo. O adolescente ainda é vulnerável à doutrinação racista, mas o que se vê aqui, é que não ha mais necessidade de incutir o preconceito, as crianças e ou adolescentes, vão acabar percebendo que há algumas raças, mais iguais que as outras. Não é criando privilégios a algumas raças ou etnias, que se aumenta as chances delas sobreviverem, ou progredirem.
É proporcionando uma igualdade de oportunidades na educação, através de acesso à educação pública DE QUALIDADE, para aqueles que não tem os meios materiais para obte-la. Dando preferência aos que comprovadamente, não tem os recursos para obter educação e isso não é exclusividade de cores da pele ou raças específicas.
O preconceito é odioso e deve ser punido penalmente. Temos legislação para isso e é bem rigorosa, é só fazer cumprir a lei. Nos Estados Unidos a discriminação racial, que era cultural e fortíssima, foi atenuada (não totalmente erradicada) com a força da lei e não se pode negar, que é um fato admirável terem eleito um negro, para o cargo mais poderoso do país e do mundo.
Na minha infância e adolescência, a cor da pele nunca foi um fator significativo para mim e para a maioria de meus contemporâneos, meus pais nunca manifestaram, qualquer preconceito contra qualquer cor de pele ou raça, isto apesar de meu pai ser americano, ele próprio filho de pais totalmente sem preconceitos, coisa rara nos EUA daquela época e além de ter passado boa parte de sua adolescência em Atlanta, na Geórgia, local do mais exacerbado preconceito racial.
Isto me convenceu que esta hipocrisia, de querer compensar a perseguição aos negros da época da escravidão, em gerações que sequer entendem o que ocorreu na época, aí sim por ignorância, por falta de instrução e educação, é o meio mais fácil de criar ressentimentos, estes sim atuais e palpáveis. Cada um que perder uma vaga na universidade, apesar de ter tido um bom aproveitamento nos testes, para um negro, ou índio, ou quilombola, ou qualquer outra raça que conseguir vender a imagem de perseguida, vai ter um ressentimento significativo, este sim transmitido aos filhos e descendentes, com a memória fresca e objetiva.
O critério de admissão deve ser só a capacitação e conhecimento adquirido, se isso gera distorções porque os negros, amarelos, ou outras cores exóticas, não tiveram oportunidades iguais de instrução, a causa disso é um sistema educacional medíocre, devido a décadas de políticas, essas sim discriminatórias, dos nossos governos, já que os recursos da educação foram desviados para searas mais "lucrativas" para os gestores do dinheiro público, com a conivência do "povo" inerme e pouco envolvido com as coisas públicas.
Mais barato criar "cotas" raciais, do que gastar o dinheiro necessário, para melhorar e tornar mais democrático e social o acesso à educação, além do fato que estas políticas paternalistas raciais, dão mais dividendos político eleitorais de curto prazo.
Não tenho a pretensão de ser o dono da verdade neste assunto, só acredito que deveríamos seguir os exemplos positivos dos mais desenvolvidos e o fato de grande parte dos paises ricos terem discriminação racial, isto não significa que para chegarmos neles, devemos criar uma discriminação aqui. Observe-se que alguns paises altamente ricos e desenvolvidos, não possuem qualquer tipo de discriminação.
Lembrem-se que uma de nossas vantagens, é sermos um povo heterogêneo, onde até raças totalmente incompatíveis (judeus e árabes) convivem numa harmonia improvável, em qualquer outro lugar do mundo. O que queremos? Terrorismo, atentados? Distrações para tirar o foco da corrupção? Sei lá.
Sei que não é cobrando, uma suposta "dívida" de mais de um século, é que vamos eliminar algo que só pode ser reprimido com sanções penais que já existem. Discriminou? Vai preso. Aí as pessoas pensam duas vezes, em externar atitudes odiosas, injustificáveis e imbecis.
VOTEM COM CONSCIÊNCIA, ISTO É MAIS INTELIGENTE DO QUE CRIAR SUBTERFÚGIOS PARA AMENIZAR DÉCADAS DE POLÍTICAS HIPÓCRITAS.