quarta-feira, 23 de julho de 2008

Cortina de fumaça

Vivemos num país "sui-generis", já ha algumas semanas temos nos ocupado em, primeiro comemorar o advento da primeira lei realmente útil em muitos anos, em seguida presenciamos um movimento de resistência a ela, em seguida uma infindável discussão sobre sua "constitucionalidade" ou não. Confesso que num primeiro momento fiquei meio perdido, qual era a real razão desta gritaria toda? Agora ficou claro, quem elaborou a Lei deve ser algum "companheiro" incompetente, aliás característica comum neles, principalmente quando se dedicam a fazer algo útil. O referido sujeito definiu um estado alcoólico, com uma grandeza física (disso eu entendo, um pouco pelo menos) sem se importar em definir legalmente como medir a mesma. Ta bom, concordo que é razoável que seja assegurada a precisão do método e ou instrumento de medida, mas parece que ainda há o empecilho de criar prova contra si mesmo..... Então não pode obrigar alguém a fazer teste de DNA, não? Podemos nos recusar a tirar nossa impressão digital, não?
Qual a diferença entre essas situações? Tudo isso criado pelo lobby das fábricas de bebidas? Pela preservação de um mercado jurídico, representado pelas milhares de ações de defesa dos bêbados que querem dirigir e eventualmente matar??
É não temos mais o que fazer mesmo. Enquanto isso esquecemos do Daniel Dantas, das transferências dos delegados que o investigava, dos "Habeas Corpus" do ministro Gilmar, das ligações desses casos com o PT e os compadres do Presidente.......
No passado observei que o governo tinha sorte, de ocorrerem tragédias de grande impacto, toda vez que era encostado na parede por algum escândalo embaraçoso. Agora ele não só se aproveita dessas cortinas de fumaça acidentais, como engrossa a mesma criando mais confusão. Esse caso do Daniel Dantas deve ser cabeludo mesmo, mas eu duvido que venhamos a saber desta estória a metade.
Enquanto isso, porque a OAB, com toda a competência dos seus quadros, não dá uma mão para os "companheiros" juristas e faz uma lei seca que realmente seja efetiva, sem toda esta discussão sobre o sexo dos anjos, de modo que quem estiver bêbado, como o motorista de caminhão que andou três kilometros na contra-mão, de uma das mais movimentadas conexões rodoviárias de São Paulo, matando um infeliz que não deve ter entendido, até o último momento, o que acontecia, pondo ele na cadeia. Ou talvez apareça um eminente jurista, defendendo o solene direito do motorista de caminhão beber e matar. Se fosse o Daniel Dantas guiando este caminhão, certamente apareceria um, ou então o ministro Gilmar , daria a ele um "Habeas Corpus", antes mesmo dele pedir.
QUEM NÃO VOTA NÃO PODE RECLAMAR DE NADA!!!!!

Um comentário:

Boas Noites disse...

A imparcialidade de alguns setores envergonham este país.