sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Lugar comum

Esta semana foi uma amostra perfeita, do caráter predominante em nosso congresso. Nada é realmente feito visando o interesse dos eleitores, dos que os puseram lá. Tudo se resume na defesa dos interesses deles, como preservar verbas, arrecadação dos recursos que garantem sua permanência, naquele que se resume a ser um balcão de negócios.
Nós brasileiros somos medíocres mesmo, aquele orgulho de ser a terra do jeitinho ainda é muito forte.
Vocês se deram conta da quantidade de pessoas que foram e estão sendo prejudicadas pelo nosso judiciário? Prestem atenção nas entrevistas dadas por advogados, versados nos caminhos tortuosos e obscuros da nossa justiça.
Vejam o que está por trás daquele bate boca entre dois dos mais importantes juízes do nosso "Supremo Tribunal Federal". O que estará por trás das insinuações proferidas pelos Meritíssimos Juízes.
Parece que todos vêem a televisão, só no aguardo da divulgação de quem matou a Taís, na novela das 8.
Os nossos políticos, juízes e membros do poder executivo sabem dessa pobreza de espírito. Não quero ter a pretensão de ser acima das coisas corriqueiras da vida, tais como acompanhar uma novela que até foi bem escrita, com um enredo razoável, mas isso não me deixa perder o foco, naquilo que está acontecendo no nosso dia a dia.
O problema com a mídia, é que o foco principal está no seu faturamento e quando a notícia envelhece, a fila anda e logo esquecemos o que passou.
O atual Politburo que está no executivo, é muito mais hábil e competente do que parece, aquela imagem simplória que gostam de mostrar, esconde uma determinação por se manter no poder, que nem o centro nem a direita sequer sonha em ter.
A grande sorte dos detentores do poder atualmente, se deve à ausência de uma oposição competente e ao fato de que o grande fiel da balança, que dá sustentação ao governo, o PMDB, é o maior balcão de negócios, o grande lugar comum de nosso sistema político, forjado e planejado para a perpetuação desse mercado persa do tráfico de influência.
Nunca pensei que um dia teria algum interesse, em sintonizar aqueles dois canais, que são uma cruel vitrine da nossa omissão, da nossa falta de senso, quando colocamos nosso voto naquela fantástica urna eletrônica, que parecia ser uma nova forma de simplificar o voto e ao mesmo tempo um obstáculo à manipulação das eleições.
Continuem a assistir às negociações, supostamente feitas em nosso nome, vejam como somos diariamente humilhados, roubados, surrupiados, quando aprovam leis, medidas provisórias, idealizadas para sacar de nossos bolsos o pouco que sobra, pois se sobra é porque não tem utilidade e deve ser revertido para os "Cofres Públicos", para financiar as falcatruas, pagar os salários de servidores, que são mais iguais que nós perante às leis, intocáveis, ineficientes, corruptos, que sustentam em última instância, uma máquina pública projetada para nos esbulhar e não para nos servir.

Nenhum comentário: