segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O de sempre

Pudemos ver que tudo continua na santa paz, o dia a dia passa sem novidades, o país continua estável e previsível. Palocci teve seu processo arquivado por aquele baluarte da justiça e do estado de direito, sarney (sempre minúsculo) continuará protegido no mesmo baluarte.....

Nosso judiciário continua, como sempre, sendo previsível. O que se pode esperar deste "poder"? Não invejo a profissão dos advogados, meus amigos desta especialidade, pouquíssimos, porém muito prezados por mim, devem perder um pouquinho mais do seu idealismo original, se é que ainda tem algum remanescente.

O judiciário, salvo honrosas e raríssimas exceções, aí está para servir ao poder, seja ele institucional ou financeiro. Realmente há pouca esperança de uma justiça cega e isenta.

Devemos reconhecer, que ao redor do mundo este é um padrão, tanto mais acentuado quanto mais atrasado for o país. É triste, quando a última instância da nossa justiça, após a qual não há mais possibilidade de revisão de decisão, passa a ser previsível, quando os envolvidos são poderosos e ou políticos. Como sempre a massa da população é ignorada, não que este seja um critério a ser levado em conta, numa decisão judicial, o critério maior que é o conjunto de leis que regem nossa sociedade, que parece ser apenas uma ferramenta, a ser manipulada por grandes "juristas" à sua conveniência e de seus clientes poderosos.

Um desses amigos advogados, a quem tenho grande apreço, me definiu que as leis são essencialmente lógicas, que refletem a experiência da sociedade a que organizam e disciplinam, longe de mim ter a pretensão ou a competência de julgar tal assunto, eu apenas sou um mero mortal, que tem a sorte de ter uma capacidade razoável de desenvolver um raciocínio lógico e conseguir entender a lógica das leis básicas que regem nossa sociedade.

É sem dúvida um momento de profundo desânimo, como manter e renovar um arcabouço de leis, que deveria ser executado por um "legislativo" como o nosso, onde uma parcela considerável de seus componentes, sequer sabem falar corretamente o próprio idioma? Que não tem noções básicas de geografia, de história, de quase nada? Estou tentando ser elegante, evitando classifica-los como ignorantes.

Apesar desse desânimo contagiante, precisamos continuar a motivar o eleitor a deixar de se comportar como um idiota, vejam o exemplo do Japão, onde o eleitorado após décadas de maus resultados, da noite para o dia, através de uma eleição, mudou quase toda a câmara dos seus representantes. Talvez um modelo a ser seguido?

NÃO DESISTA, DEPENDE DE NÓS MUDAR ESTE ESTADO DE COISAS. NÃO REELEJA NINGUÉM.

Um comentário:

Opiniões disse...

O que é uma lei, senão o reflexo daquele que elegemos? O Judiciário não faz lei - cumpre lei. É óbvio que estamos diante de um estado muito mais político do que legal, mas como podemos dar um fim nisso? Que tal começarmos a criticar o que fazemos e o que fizemos? Que tal termos coragem de dar a cara pra bater? Vai resolver? Talvez não, mas pelo menos incomodar e, se depender de mim, vou estar sempre aqui, mas com uma visão clara de que eu também contribui para tudo isso e, por isso mesmo, minha contribuição de consciência tem que ser muito maior e, se ELE deixar, eficaz.